Você já ouviu falar em Real Skills? Esse é o nome dado às competências comportamentais que se tornaram indispensáveis para navegar no mundo profissional contemporâneo.
Durante muito tempo, um bom currículo, com diplomas, domínio técnico e fluência em idiomas era suficiente para garantir espaço no mercado de trabalho. Essas são as chamadas Hard Skills, ou competências técnicas.
Hoje, no entanto, empresas de todos os setores buscam profissionais que vão além do conhecimento técnico. As chamadas Soft Skills, ou habilidades socioemocionais, vêm ganhando protagonismo. Ter resiliência, criatividade, empatia, flexibilidade, adaptabilidade, saber escutar, comunicar com clareza, trabalhar em equipe, solucionar conflitos, negociar, ter inteligência emocional e espírito colaborativo, são alguns dos exemplos dessas competências.
É muito comum ouvirmos hoje uma adaptação da frase de Peter Drucker que diz: “As pessoas são contratadas pelo “C” de currículo e desligadas pelo “C” de comportamento. Ou ainda, são contratadas pelo o que escrevem no “Linkedin” e desligadas pelo o que escrevem no “Facebook”.
Com as rápidas transformações provocadas pela tecnologia e pela inteligência artificial, o que antes era considerado um diferencial; hoje é o mínimo. Saber lidar com pressão, dialogar com quem pensa diferente, adaptar-se a mudanças e manter o equilíbrio emocional são habilidades fundamentais.
Como você se porta diante de situações conflituosas, eventos de tensão ou mudanças repentinas? Você sabe conversar, respeitar e co-criar com quem pensa diferente? Sabe se adaptar às inovações tecnológicas, tendo autocontrole e busca se aperfeiçoar constantemente diante às necessidades?
O termo soft skills muitas vezes é criticado por soar como algo secundário ou “suave”. Por isso, especialistas vêm adotando uma nova nomenclatura: Real Skills, habilidades reais, essenciais e intransferíveis.
Ter e desenvolver as Real Skills se tornou essencial. Ser um profissional com autoconhecimento e inteligência emocional, comunicação consciente e empática, colaboração e consciência relacional, pensamento crítico e tomada de decisão ética, criatividade e resolução de problemas, flexibilidade e adaptabilidade; ter uma cultura de inclusão e diversidade.
Há quem defenda que Real Skills representam a integração entre as competências técnicas e comportamentais, somadas a atributos como autorregulação, sabedoria, senso crítico e influência positiva.
A verdade é que, por mais avançada que a tecnologia se torne, ela ainda não substitui a sensibilidade humana. Saber se relacionar, ouvir opiniões contrárias, liderar com empatia, tomar decisões éticas e criar soluções com base em perspectivas diversas continuará sendo o grande diferencial.
Essas habilidades podem ser desenvolvidas ao longo da vida. A prática constante, a reflexão sobre erros e acertos e o compromisso com o aprendizado contínuo fazem parte desse processo.
No cenário atual, Real Skills são o que sustentam profissionais verdadeiramente preparados para o presente e o futuro.
E você, qual Real Skill considera essencial no mundo atual? Se esse tema te interessa, me chame para conversarmos.
Sou Ingrid Haas, Palestrante, Escritora e PhD em Direito. Professora na USP, Facilitadora de Comunicação Integrativa e Não Violenta, Diversidade, Inclusão e Gestão de Conflitos.
Ajudo empresas, equipes e pessoas a enfrentar os desafios de comunicação em ambientes diversos e multiculturais.
Formada em Letras, Direito. Com Mestrado e Doutorado em Direito.
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