O Estado formalizou à mineradora Vale, na semana retrasada, uma nova proposta pela repactuação do acordo de Mariana, em virtude do rompimento da barragem de Fundão, da empresa Samarco, em Mariana, em 2015. A coluna apurou que o valor pedido para indenização chega a R$ 117 bilhões.
Agora, Minas, Espirito Santo e a União aguardam uma resposta da mineradora. A expectativa é de que a Vale responda ainda nesta semana com uma contraproposta, e que o acordo possa ser fechado até agosto.
Entre pontos já colocados pela Vale durante as negociações, a mineradora pontua que os gastos feitos através da Fundação Renova já sejam incluídos nos valores finais da repactuação - a Renova já gastou, quer dizer, “investiu”, cerca de R$ 23 bilhões, segundo dados da fundação.
O primeiro valor negociado com a Vale, após cálculos do MP e de técnicos dos Estados, foi de R$ 155 bilhões - valor colocado, também, na ação feita pelo MPMG na Justiça. A mineradora divergiu da quantia.
Fato é: pelos danos ambientais e à sociedade gerados pelo rompimento da barragem de Fundão em 2015, dificilmente os Estados aceitarão uma contraproposta de valor inferior a R$ 100 bilhões. O rastro de rejeitos e lama que mudaram para sempre o Rio Doce, afetando a população das cidades que vivem nas margens do rio, e as famílias atingidas, são danos, a bem da verdade, incalculáveis.