O temor de atrapalhar o diálogo sobre a votação da Anistia com o Congresso Nacional e o medo de uma punição por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) fizeram lideranças bolsonaristas desistirem do protesto na Esplanada dos Ministérios, no último domingo (30).
Antes da prisão preventiva, no dia 22, os Influenciadores do Brasil já haviam marcado manifestação para domingo (30) em frente a Catedral de Brasília. O ato foi confirmado após a detenção do ex-presidente e as caravanas estavam programadas desde o início da semana. No entanto, a abertura de um diálogo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), para pautar a Anistia fez com que algumas lideranças recuassem para que o diálogo não fosse interrompido. As lideranças decidiram desmarcar a manifestação.
A semana é considerada decisiva por muitos parlamentares. Se a Anistia não for colocada em pauta, deputados e senadores vão voltar a mobilizar suas bases para manifestações de rua. A ausência de mobilização por parte dos políticos com mandato revoltou os militantes e esvaziou o protesto em Brasília.
Uma das fontes da coluna afirmou que um protesto na Esplanada seria não apenas um risco para as negociações sobre Anistia como poderia irritar o Supremo Tribunal Federal, considerando que a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) foi decretada por Alexandre de Moraes, após a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL).
“Não chamamos porque não tem controle”, afirmou uma liderança da base de Bolsonaro. O ato foi realizado na Esplanada dos Ministérios, local onde ocorreu a quebradeira do 8 de janeiro. A localização do protesto foi considerada pelas lideranças um risco adicional.