O governador Romeu Zema (Novo) afirmou que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), “ficou sem lugar” no partido. Segundo o Zema, o mesmo raciocínio vale para o ex-presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD). Declaração foi dada nessa terça-feira (9) em Brasília.
A filiação do vice-governador Mateus Simões (Novo) ao PSD, com aval de Gilberto Kassab para disputar o governo de Minas, inviabilizou uma possível candidatura de Pacheco pela sigla e deixou Silveira em uma encruzilhada: ele é pré-candidato ao Senado na base de Lula, enquanto Simões pertence ao campo adversário. “Ficaram sem lugar no PSD”, afirmou Zema.
A estratégia do Novo, além de fortalecer a candidatura de Simões com recursos eleitorais que os novistas não tinham, enfraqueceu seu principal adversário.
Fontes da coluna dentro da legenda afirmam que os objetivos de Gilberto Kassab ao acolher o vice-governador não estão relacionados necessariamente à montagem de um palanque regional para Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, caso ele seja candidato à presidência da República.
Kassab
O principal interesse de Kassab, na verdade, seria eleger governadores que fortalecessem prefeitos que são os principais cabos eleitorais de deputados. O objetivo final seria aumentar as bancadas estaduais e federais de imediato e a médio prazo. Atualmente, parte da bancada estadual de Minas prefere concorrer na base de Zema onde podem manter seus votos de centro direita.
Silveira
Embora Rodrigo Pacheco tenha anunciado que sairá da vida pública, Alexandre Silveira, secretário executivo nacional da legenda, mantém o propósito de se candidatar ao Senado.
Na avaliação de Zema, a candidatura do ministro de Minas e Energia é inviável no PSD. “Silveira vai por PT ou outro partido”, disparou.
