O acordo de Mariana deve ser fechado até o dia 16 deste mês, segundo participantes da mesa de negociação. O texto já está em fase de redação final. Nessa quarta-feira (30), foi realizada uma reunião em Brasília, na Advocacia Geral da União, com a presença de todas as partes do acordo. No encontro, foi solicitado o retorno do Conselheiro Nacional de Justiça, Luiz Fernando Bandeira de Mello, que estava fora da mediação desde setembro, quando a negociação foi interrompida porque o Governo de Minas afirmou que as mineradoras não aceitavam o prazo de pagamento proposto pelas outras partes.
Nesta quinta-feira (1/12), foi realizada nova reunião e, segundo algumas das partes, Bandeira será essencial para viabilizar o fechamento do acordo ainda neste ano.
Prazo
O prazo, que chegaria a 30 anos, deve ser reduzido. Uma das tendências é que o pagamento da indenização seja parcelado em 15 anos. O valor de R$ 112 bilhões será mantido. Neste montante, está incluída uma parte que já foi paga. Segundo integrantes da mesa, esse será o maior acordo ambiental do planeta.
Audiência
A equipe de transição de Lula vai solicitar à justiça informações sobre a repactuação. Na próxima terça-feira (6), a Comissão Externa da Câmara dos Deputados, que acompanha o caso, fará audiência pública. O autor do requerimento, deputado federal Rogério Correia (PT), afirma que o acordo não deve ser fechado sem o devido debate e sem ouvir os atingidos. Todas as partes e a equipe de transição foram convidadas.