Minas Gerais é o segundo maior gerador de receita comercial do Brasil e lidera em número de trabalhadores no setor, com 1,13 milhão de pessoas ocupadas. Apesar disso, o estado paga os menores salários do Sudeste: média de 1,6 salário mínimo, abaixo da média nacional de 2. O dado é da Pesquisa Anual do Comércio 2023, divulgada pelo IBGE, que aponta receita de R$ 767,1 bilhões no setor mineiro. Para o Corecon-MG, a disparidade se deve ao foco em produtos de baixo valor agregado, o que reduz margens e remunerações. Especialistas defendem atrair empresas de maior valor agregado para reverter o quadro.
Tarifa dos EUA ameaça crescimento do transporte de cargas em Minas
O transporte de cargas em Minas, que esperava crescer entre 5% e 10% em 2025, pode não alcançar a meta devido à tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros desde quarta (6). Segundo o presidente do Setcemg, Antonio Luis da Silva Junior, a medida ameaça o período mais aquecido do ano, impulsionado por datas como Black Friday e Natal. Apesar de o minério de ferro ter ficado isento, o café - que responde por 33% das exportações mineiras para os EUA - foi tarifado.
Poços de Caldas mira R$ 8 bilhões e quer se tornar “vale das terras-raras”
Poços de Caldas, no Sul de Minas, vive um dos melhores momentos econômicos da história, impulsionado pela mineração de terras-raras e pela atração de indústrias e empresas de tecnologia. O município projeta R$ 8 bilhões em investimentos até 2030, sendo R$ 1 bilhão apenas do setor mineral até 2028, com destaque para a australiana Viridis e seu projeto pioneiro de reciclagem. O distrito industrial está totalmente ocupado, com 72 empresas e 16 mil empregos diretos.
