Amigas e amigos do Agro!
O tarifaço de Donald Trump já trouxe reflexos para o agronegócio brasileiro, com alguns setores cancelando as exportações para os Estados Unidos.
Os frigoríficos que abatem o boi para exportação começam a paralisar as atividades, porque o transporte é marítimo e não há mais tempo hábil para o desembarque nos Estados Unidos antes do dia primeiro de agosto.
Enquanto isso, os preços do boi vão despencando no mercado doméstico e o agravante é o consumo desacelerado porque o consumidor continua optando pelas carnes de frango e suína que estão mais baratas.
É uma situação complexa para o mercado bovino enquanto não houver uma solução entre Brasil e Estados Unidos.
A tendencia é dos preços cairem para o consumidor que vai gostar da ideia e não obstante, o governo vai se vangloriar da queda da inflação, só que a médio prazo os preços voltam a subir e nós, consumidores ,vamos pagar a diferença.
O mercado precisa funcionar de forma equilibrada, senão a cada mudança de rota o consumidor é quem paga, o que já está mais do que comprovado.
E outro problema é que o Brasil pode perder competitividade com a Argentina, Uruguai, Paraguai e Australia no comércio internacional da carne bovina.
Produtores de manga do Vale do São Francisco também cancelaram os embarques para os Estados Unidos. 70% da producao prevista para exportar esse ano pode ser comprometida se não houver um acordo de tarifas.
O café pode alcançar com mais facilidade uma taxa diferenciada com o governo Trump, porque é um produto que interfere com mais peso na economia americana.
O Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil - através do seu diretor-executivo Marcos Matos, apresentou um estudo indicando que cada dólar gasto com a compra do café brasileiro, os Estados Unidos geram uma receita de 43 dólares. Na soma anual, isso representa 1,2% no PIB americano, agrega 2 milhões e 200 mil empregos e gera uma receita de 343 bilhões de dólares/ano.
A industria de pescados também suspendeu as exportações.
Enquanto isso, o presidente Milei da Argentina acerta seu comércio com os Estados Unidos com livre transito de 80% dos produtos de cada país, sem impostos.
E Donald Trump continua espalhando tarifas pelo mundo afora. Agora, foi a vez do Mexico e União Europeia com 30% de taxas.
Itatiaia Agro, Valdir Barbosa…