O Brasil está na vanguarda da inovação na América Latina, conforme aponta o Global Startup Ecosystem Report 2024. O país ocupa a 26ª posição no ranking global, com São Paulo figurando entre os 30 maiores ecossistemas de startups do mundo. Dentro desse cenário promissor, o protagonismo feminino tem ganhado força, refletindo um avanço significativo na diversidade do setor.
Segundo o Sebrae, 31% das startups brasileiras possuem uma mulher como fundadora, um salto expressivo em relação aos 8,65% registrados em 2023. A crescente participação feminina está diretamente relacionada a iniciativas que promovem capacitação, mentorias e acesso ao mercado, permitindo que mais mulheres ocupem espaços estratégicos na inovação.
Em Belo Horizonte, o Órbi Conecta se destaca como um dos mais relevantes hubs de inovação do Brasil, promovendo um ambiente de inclusão e oportunidades para mulheres no setor de tecnologia. Em 2025, o hub celebra o terceiro ano do “Inovação, Substantivo Feminino”, organizado por lideranças femininas do ecossistema belo-horizontino. Uma delas é Renata Carvalho, CEO da She`s The Boss, uma comunidade e plataforma que fomenta o empreendedorismo feminino e a liderança. Para saber mais, acesse www.orbi.co.
Outro exemplo do compromisso do Órbi com a diversidade está nas startups residentes do hub. A startup Fazendinha em Casa, liderada por Claudia Ligório, foi finalista na categoria “Startup Revelação” do Startup Awards 2024. A Sintetizo, criada pela designer Agatha Martins, oferece cada vez mais treinamentos de capacitação e jornadas de cocriação nas áreas de design de experiência do usuário (UX), data storytelling, construção de comunidades, cultura centrada nas pessoas e orientada por dados. Elas são dois dos muitos exemplos.
Lideranças femininas fazem parte do dia a dia do Órbi, seja no coworking, em rodas de conversa, palestras, mentorias e workshops conduzidos por mulheres que são referências em áreas como negócios, tecnologia, finanças e outras áreas. São nomes como Jade Utsch, CEO da RadarFit; Cynthia Nara Oliveira, CEO da Sympol Biotecnologia; Nathália Magalhães (BlissJobs’s); Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter; Cris Pàz, escritora, palestrante e comunicadora; e Mônica Hauck, CEO e fundadora da Sólides Tecnologia, a startup da área de RH que recebeu o maior investimento da América Latina e integrante do Top100 CEOs das principais startups do Brasil. Os nomes são muitos.
Diversidade durante todo o ano
Em outubro passado, o Órbi de Portas Abertas debateu as oportunidades e desafios do mercado voltado à saúde da mulher, um setor que movimenta mais de US$ 1 trilhão por ano globalmente, sendo R$ 13 bilhões apenas no Brasil. O evento trouxe especialistas que discutiram soluções inovadoras em bem-estar e reabilitação feminina.
A fisioterapeuta Natália Cardoso apresentou o trabalho realizado pelo Laboratório de Fisioterapia da Mulher da UFMG, que oferece reabilitação para a saúde íntima feminina, promovendo qualidade de vida para pacientes em diferentes fases da vida. Já a enfermeira Laura Guimarães compartilhou sua experiência no desenvolvimento de próteses de silicone para mulheres que passaram por mastectomia, garantindo acolhimento e reconstrução da autoestima. A conversa ainda contou com a participação da fisioterapeuta Giulia Palma, coordenadora da Rede Inclusivah!, reforçando a importância da inovação e inclusão na saúde feminina.
Órbi Conecta não se limita ao mês de março quando o assunto é diversidade. Durante todo o ano, o hub promove programas e eventos que incentivam a participação feminina no setor de tecnologia e startups. A iniciativa reflete a tendência global apontada pelo estudo “Why Diversity Matters”, da McKinsey, que mostra que empresas com maior diversidade de gênero têm 15% mais chances de superar as que não adotam essa prática.
O compromisso do Órbi Conecta com a equidade de gênero está alinhado ao quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que busca alcançar a igualdade entre os gêneros e empoderar todas as mulheres e meninas.