A última semana de junho foi um marco para o mercado de tecnologia e inovação em Minas Gerais com a BH Tech Week. Inúmeras iniciativas mostraram o poder do ecossistema na capital mineira, com destaque para a
Ao todo foram mais de 1.500 startups envolvidas, 300 painelistas e 80 horas de conteúdo, uma conexão entre empresas mineiras, nacionais e internacionais que deve gerar mais de R$ 50 milhões em negócios. O Minas Summit é uma realização do Grupo FCJ, do Órbi Conecta e do San Pedro Valley, com uma rede de patrocinadores que apostam no setor e seu poder transformador da economia brasileira.
“Tivemos representantes de todos os estados brasileiros, assim como comitivas de Dubai, Israel, Estados Unidos, Irlanda, Chile e Inglaterra, para participar das ricas discussões que promovemos, porque eles, assim como nós, acreditam no poder do cenário de inovação que Minas Gerais proporciona. Reunir tantas pessoas em um só lugar, onde negócios inovadores são os protagonistas, mostra nossa potência transformadora e sinaliza que uma nova revolução digital já está acontecendo”, celebra a CEO do Órbi Conecta, Dany Carvalho.
“Chegamos ao final do Minas Summit com a sensação de dever cumprido e corações cheios de orgulho. O evento superou todas as nossas expectativas, colocando Minas Gerais no mapa dos grandes eventos de inovação do Brasil. Tornou-se um verdadeiro palco de aprendizado, networking, negócios e inspiração. Que venha 2025, com ainda mais força e entusiasmo”, avalia Paulo Justino, CEO da FCJ.
O evento foi o escolhido pelo Governo de Minas para o anúncio de mais de R$ 1 bilhão de investimento nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação até 2026, comunicado pelo próprio governador do estado, Romeu Zema, com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio. O público também conferiu o lançamento e assinatura da nova plataforma de negócios do Agro Brasileiro pelo Ministério da Agricultura, com a presença do coordenador geral de Inovação do Ministério da Agricultura, César Teles; assim como o lançamento do Manifesto em prol da Ciência, Tecnologia e Inovação do Ecossistema Mineiro.
Todas essas ações contribuem para o crescimento do setor no estado e, como bem disse Chiara Sales, Secretária de Desenvolvimento da prefeitura de Belo Horizonte, “desenvolver economicamente é diminuir a desigualdade de território”. Além disso, eventos como o Minas Summit revisitam debates importantes sobre como aumentar e democratizar o acesso à inovação. Mariane Takahashi, CEO da ABStartups, bateu nessa tecla em painel com discussões sobre os ecossistemas de startups e tecnologia entre as 20 principais economias do mundo: “a inovação precisa de infraestrutura. Não é só a tecnologia que importa, o acesso e a inclusão são fundamentais”, afirmou.
Com auditório lotado, Berthier Ribeiro Neto, diretor sênior de engenharia do Google, abordou a trajetória da gigante da tecnologia em Minas e no Brasil, desde 2005. Em sua palestra, ele ressaltou a importância do empreendedorismo e seu papel na solução de problemas e transformações, além de lembrar que é essencial revisitar o processo e contextos anteriores: “cada geração acredita que os desafios que estão enfrentando são novos. Todos os desafios que vocês estão enfrentando hoje são desafios enfrentados no passado. O passado tem lições importantes a nos ensinar”, pontuou.
Startups consolidadas também compartilharam suas jornadas de sucesso, como os relatos de Mônica Hauck, fundadora e CEO da startup Sólides; Rodrigo Cartacho, fundador da Sympla; Daniel Costa, fundador da startup Blip; e Pedro Vasconcellos, cofundador da Woba.
Seguindo a tendência atual, as perspectivas sobre Inteligência Artificial estiveram na boca do povo e nos palcos do evento. Além disso, alguns nomes mostraram que a inovação fura bolhas e está em todos os segmentos. A head de inovação do Atlético Mineiro, Débora Saldanha, compartilhou um pouco sobre como tem sido inovar no esporte com o time e afirmou: “para nós, inovação significa não afirmar avançar em tecnologia, mas também repensar o futuro do futebol”.
No âmbito da cultura, Henrique Portugal, ex-tecladista do Skank, contextualizou que todo artista também é um negócio. “Ele vende ticket, ele vende play em plataforma de streaming e ele vende like em redes sociais”. Na ocasião, reforçou em seu case “o carregador de piano”, que “o mundo não é do cara que tem mais habilidade, mais capacidade ou as melhores ideias. O mundo é de quem faz”.
Quando o assunto é dinheiro digital, Murilo Guimarães, Superintendente do Banco Inter deu o recado: “O Brasil já é um case de sucesso no mundo com o PIX, só em maio foram quase duas mil transações por segundo. A tecnologia tem que servir a sociedade e o dinheiro digital é a nova forma de transacionar valores”.
Já André Petenussi, CTO da Localiza&CO, destacou a importância da transformação digital nas empresas. “Na atualidade, o mais importante é direcionar esforços para o desenvolvimento de recursos e competências em inovação e tecnologia, e isso requer pessoas capacitadas e uma cultura que propicie esse movimento”, ressaltou.
Também marcaram presença Giovanna Orsi, gerente de novos negócios da ArcelorMittal; Rodrigo Pazini, diretor técnico comercial da Gasmig; Zaima Milazzo, VP Tecnologia na Algar Telecom; Victor Wanderley, CEO da Tial; Marcela Peres, Coordenadora de Inovação e parcerias estratégicas na Roche; Daniel Goetnauer, Business Development Specialist na Manaus Tech Hub; Danilo Herculano, head de Investidores, M&A e Novos Negócios do Banco BMG; Wanderson Prates, Partner Business Development na Huawei, Marco Cesarino, co-founder da Embraer-X e muitos outros nomes relevantes.
Patrocínio
Entre os patrocinadores do Minas Summit 2024 estão Anjos do Brasil, ArcelorMittal, Atlantic Hub, Azul Linhas Aéreas, Band Minas/Band News, Be Fly, Belotur/PBH, Board Academy, CDL BH, CODEMGE/Governo de MG, Cotemig, CRA MG, Drummond, Eletromidia, Escalab, FGV, Framework, Gasmig, Grant Thornton, Grupo Anima - Una e Casa Una, Huawei, Integração Ventures, Ops Team, Putz, Sucos Tial, Tik Tok e Yazo.
A 2ª edição do Minas Summit coloca o estado no calendário de eventos imperdíveis da inovação no Brasil.
O Grupo FCJ foi fundado em 2013, em Belo Horizonte, tendo como base de ação a inovação. Trata-se da maior Venture Builder da América Latina. A empresa conecta startups, investidores, corporações e universidades para desenvolver negócios inovadores que impactam a vida das pessoas. O objetivo é impactar o ecossistema de inovação brasileiro, levando startups ao seu pleno desenvolvimento de forma ágil, estratégica e rápida, mitigando os riscos e erros desse percurso.
O Órbi Conecta é o principal hub de inovação e empreendedorismo digital de Minas Gerais. Foi fundado em 2017, em Belo Horizonte, pela comunidade de startups San Pedro Valley junto de grandes empresas: Inter, MRV&CO e Localiza&CO. É um lugar para gerar conexões, negócios e construir futuros desejáveis. Conecta startups, corporates, academia e comunidade de empreendedores para impulsionar o mercado de tecnologia e inovação do país. Conta com três áreas de atuação: Órbi for Startups, Órbi for Corporates e Órbi Academy.
O San Pedro Valley nasceu a partir da iniciativa de empreendedores que perceberam o potencial de inovação da cidade. Hoje, é uma comunidade autogerenciada pelas próprias startups, que atua por interesses em comum, buscando visibilidade, investimento, validação de ideias, soluções, e a consolidação da comunidade. O cenário de startups de Belo Horizonte teve sua primeira grande visibilidade quando a Akwan, criada por professores da UFMG, se tornou a primeira aquisição de uma startup fora dos EUA pelo Google, em 2005.