Integrantes de parte do governo e da Petrobrás não enxergam motivos para que o Ibama não libere em março a licença para exploração de Petróleo na Margem Equatorial, entre o Ampá e o Rio Grande do Norte.
Segundo fontes ouvidas pela coluna, a Petrobrás atendeu todas as principais exigências feitas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. O último foi a construção de um hospital para animais que possam ser afetados. A obra será entregue em março.
Também houve uma checagem sobre a capacidade do aeroporto do Oiapoque, para que a movimentação não afete a população indígi=ena. Segundo a Petrobrás, os estudos mostraram que o trânsito de aeronaves da companhia ficará dentro do limite autorizado.
A ala do governo que defende a exploração, da qual o presidente Lula faz parte, acredita que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já estaria convencida de que o processo pode ser iniciado. Durante agenda no Pará, ao lado da ministra, Lula disse que Marina “jamais será contra” explorar petróleo na Foz do Amazonas. O que para muitos soou como uma defesa, para outros pareceu uma ‘enquadrada”.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, rebateu Lula, que chamou de lenga-lenga a demora em liberar o licenciamento. Agostinho disse estar acostuado com pressão. Para o cargo dele, já foi ventilado o nome do Márcio Macedo, Secretário Geral do governo, que deve deixar o cargo na reforma ministerial e para o qual Lula ainda não tem um destino certo. Apesar de haver críticas ao desempenho dele na pasta, que lida com movimentos sociais, a lealdade de Macedo á Lula é tida como certa e no currículo ele conta com o fato de ter sido secretário de Meio Ambiente em Sergipe.
Além de considerar que já atendeu as solicitações, a Petrobrás quantifica o aluguel da sonda de exploração, que está sendo pago a meses, e teria o custo milionário por dia.