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Gusttavo Lima pode alterar a lógica da corrida presidencial em 2026?

As urnas podem virar um duelo entre artistas?

O anúncio do nome de Gustavo Lima como possível candidato à presidência da República pode alterar a lógica da corrida para 2026, embora a possibilidade seja remota. De toda forma, é inegável que o cantor esquenta um cenário que desde as eleições municipais vem apontando para a despolarização.

Com a ascenção dos partidos de centro, Bolsonaro inelegivel e Lula ainda não confirmado para a disputa, um político de centro direita, por exemplo, poderia ser extremamente competitivo. No entanto, quando um outsider e potencial puxador de votos, como Gustavo Lima, entra no tabuleiro - o jogo muda.

Popularidade como régua
O elemento popularidade pode passar a ser uma régua para os campos ideológicos. A partir desse raciocínio, segue a pergunta: As urnas em 2026 poderiam virar um duelo entre artistas? Quem seria o artista da esquerda a duelar com Gustavo Lima?

Arrisco dizer que é um desafio que nomes da cultura avancem tanto na corrida presidencial. Isso porque haverá uma reação dos políticos de carreira a essa possibilidade e isso poderá desgastar muito a imagem dos outsiders. Gustavo Lima, por exemplo, certamente será um alvo antecipado e vai “apanhar” dos políticos tradicionais, tanto da direita (já que pode ameçar planos do clã bolsonarista) e da esquerda.]

No entanto, é importante lembrar que Ucrânia e Argentina elegeram os comediantes Volodymyr Zelensky e Javier Milei. Por que o Brasil não elegeria um cantor sertanejo?

No entanto, mesmo que não dispute a presidência da República, uma candidatura de Gustavo Lima ao Senado, por exemplo, poderia puxar muitos votos e dar visibilidade ao candidato dele à presidência da República. A possível candidatura de Lima irritou Bolsonaro, mas os apoiadores do ex-presidente dão como certo que o Embaixador irá concorrer ao Senado pelo estado de Goiás, governado por Ronaldo Caiado, pretenso candidato à presidência da República.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.