Após dois dias dedicados à acusação, nesta primeira semana do julgamento da BHP em Londres, nesta terça-feira (23), foi a vez de os advogados da empresa prestarem esclarecimentos à justiça. Nas declarações, a empresa - que era sócia da Vale na Samarco - disse que não tinha controle da operação e que a mineradora que atuava em Mariana era apenas um “investimento”.
A declaração provocou revolta entre os atingidos que já haviam criticado a fala da porta-voz da BHP. Na segunda-feira, em Londres, a representante da empresa disse, em entrevista à TV Globo, que o processo inglês é desnecessário, já que existe uma negociação em curso no Brasil.
A quinta-feira (24) também será utilizada pela corte inglesa para obter informações complementares ao que já foi protocolado pela empresa no processo.
Nesta fase inicial, as equipes de advogados das partes complementam dados que foram oficialmente prestados à justiça. Um advogado de cada parte responde aos questionamentos da corte, assessorado, presencialmente, por integrantes de seus escritórios. As informações vão desde a revisão de provas até a consulta de pontos da legislação ambiental brasileira, que é a referência para julgar o caso, visto que o rompimento aconteceu no Brasil.