O deputado federal Zé Vitor (PL) vai apresentar um requerimento na Comissão de Orçamento da Câmara dos Deputados solicitando a convocação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). O parlamentar quer que o petista explique o corte de R$ 4,4 bilhões de reais na saúde, a pasta mais afetada pelo
O congelamento foi necessário para cumprir o novo arcabouço fiscal. As regras aprovadas no ano passado estabelecem que os gastos do governo podem crescer até 70% acima da inflação das receitas no ano anterior.
Negacionismo fiscal
Segundo Zé Vitor, os cortes foram feitos nas áreas erradas. “Isso é o preço da irresponsabilidade fiscal, talvez surja um novo termo, o negacionismo fiscal, a falta de preocupação com respeitar aquilo que se arrecada e gastar dentro daquilo que se arrecada e cumprindo as normas fiscais. Chegou a hora de pagar a conta. E para poder corrigir isso só tem dois caminhos, ou aumenta impostos - o que que o Brasil não suporta mais e o congresso espero que não aceite também - ou precariza o serviço público. Nós estamos vendo corte de R$ 4,4 bilhões na saúde, dinheiro que poderia ir para uma santa casa, para um hospital filantrópico, um hospital do câncer, para uma pai, está deixando de investir também no Ministério das Cidades que poderia resolver problemas de infraestrutura dentro dos municípios.”, avaliou.
Depois do Ministério da Saúde, as pastas mais impactadas foram: Cidades (R$ 2,1 bi), Transportes (R$ 1,5 bi) e Educação (R$ 1,2bi).
SUS
Na avaliação do deputado Cabo Junio Amaral (PL), o corte da saúde vai impactar o Sistema Único de Saúde. “Uma ação que revela a incompetência de um governo perdulário, que mesmo aumentando impostos não consegue gerir com eficiência os recursos públicos. O aumento da máquina pública é um dos motivos dessa dificuldade para fechar a conta. Corte de 4 bilhões na saúde é o mais preocupante dos cortes e sem dúvida vai proporcionar uma situação ainda mais grave para os dependentes do SUS”, afirmou.