Aprender a cultivar a esperança, tema central do Ano Jubilar 2025 vivido pela Igreja, é essencial para conferir sentido à vida, impulsionando transformações pessoais e sociais. E a esperança a ser aprendida não se relaciona simplesmente às metas pessoais, ligadas ao exercício profissional, à ocupação de cargos ou a outras conquistas. Essas esperanças são efêmeras, pois vinculam-se ao que é fugaz, transitório. O convite é para ser cultivada a esperança que não ilude, maior que todas as demais esperanças: aquela que vem de Deus, único capaz de garantir ao ser humano a vida plena, que não passa.
Bento XVI, na Carta Encíclica sobre a esperança que salva, aponta a oração como privilegiado exercício para fortalecer a esperança, experiência incontestável para reconhecer que Deus escuta os clamores dos orantes - aqueles que jamais estão sozinhos. O diálogo com Deus, pela oração, acende a luz da esperança, sem ilusões ou fantasias, elevando a alma orante a uma condição que, humanamente, é impossível alcançar.
Assim, o peregrino de esperança conquista uma força que é poeticamente apresentada por Thiago de Mello, na sua poesia Memória da Esperança: “Na fogueira do que faço por amor me queimo inteiro. Mas simultâneo renasço para ser barro do sonho e artesão do que serei. Do tempo que me devora me nasce a fome de ser. Minha força vem da frágil flor ferida que se entreabre resgatada pelo orvalho da vida que já vivi”. Força interior daqueles que buscam aprender a esperança.