Ouvindo...

Shopee, Ali Express e Shein dominam o e-commerce no Brasil

Empresas asiáticas são as mais procuradas pelos brasileiros para comprarem produtos importados e já representam 13% deste mercado

Três dos seis maiores sites de e-commerce no Brasil são asiáticos

Os sites asiáticos estão entre os mais procurados pelos brasileiros na hora de realizar uma compra online. É o que revela a edição de março do Relatório dos Setores do E-commerce, divulgado pela agência Conversion.

Nesta terça-feira (18), o ministro da Fazenda Fernando Haddad anunciou que o governo desistiu de taxar compras destes sites com valor inferior a 50 dólares, ou R$ 250. Segundo Haddad, o recuo foi um pedido do próprio presidente Lula.

Os sites Shopee, Ali Express e Shein têm juntos 13,1% do mercado e estão entre as seis maiores plataformas de comércio online do país. As asiáticas deixaram para trás outros tradicionais sites de e-commerce utilizados no Brasil, como Magazine Luiza, iFood, Casas Bahia e Lojas Americanas.

O Mercado Livre aparece como o líder do setor, com 14% do mercados, seguido da Amazon, que detém 7,5%. Segundo a pesquisa, juntas, as dez maiores empresas de e-commerce no Brasil detém 50% do mercado de compras online do país.

Confira a lista dos maiores sites de e-commerce do país:
  1. Mercado Livre - 14%

  2. Amazon - 7,5%

  3. Shopee - 6,5%

  4. Magazine Luiza - 5,1%

  5. Ali Express - 3,4%

  6. Shein - 3,2%

  7. iFood - 2,7%

  8. Casas Bahia - 2,6%

  9. Lojas Americanas - 2,5%

  10. Samsung - 2,1%

A pesquisa também revela o tamanho do comércio online no país. Somente nos últimos 12 meses, sites e aplicativos de e-commerce tiveram somados 28,1 bilhões de acessos. Os sites asiáticos são os mais acessados à procura de bens importados. O Ali Express concentra 47,1% do tráfego, seguido pela Shein, com 25,5%.

Imposto de importação

O Ministério da Fazenda desistiu, nesta terça-feira (18), de taxar compras internacionais de até 50 dólares, equivalente a R$ 250. Compras abaixo deste valor, feitas entre pessoas físicas, são isentas de tributação.

De acordo com o Governo Federal, empresas estariam se passando por pessoas físicas para comprar produtos importados sem taxas, através de sites de e-commerce. Há uma estimativa de que a união arrecade até R$ 8 bilhões a partir do combate ao descaminho e à sonegação fiscal.

A Receita Federal também informou que prepara novas estratégias para aumentar a fiscalização sobre empresas estrangeiras que enviam mercadorias ao Brasil e sonegam impostos de importação.

Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.