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Segurança pública usa cada vez mais tecnologia

Estudo da FGV mostra que forças de segurança brasileiras têm adotado dispositivos tecnológicos

Equipamento antidrone é um dos itens adotados por forças de segurança pública

Câmeras corporais, tecnologia embarcada em viaturas, equipamentos antidrones, scanners e detectores de metais são alguns dos itens que já auxiliam os profissionais de segurança pública. Segundo o estudo “Segurança Pública na era do Big Data: mapeamento e diagnóstico da implementação de novas tecnologias no combate à criminalidade”, da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a adoção de tecnologia é tendência no Brasil.

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O levantamento aponta que a tecnologia mais presente no segmento é o drone, utilizado na segurança pública em 63% dos Estados. Em seguida, vêm o reconhecimento óptico de caracteres (OCR), para leitura e identificação de placas veiculares, presente em 44% dos Estados, e o reconhecimento facial, adotado em 33% das unidades federativas. Já as câmeras corporais em uniformes de agentes são usadas por apenas 22%.

Para Leandro Kuhn, CEO da L8, empresa especializada em soluções para o segmento, a tecnologia tem transformado todos os setores da sociedade e, na segurança pública, não é diferente. “[A tecnologia] Contribui muito no combate à criminalidade, trazendo mais transparência e eficiência às ações policiais”, avalia.

A L8 faz o monitoramento das câmeras corporais dos agentes de segurança do Estado do Rio de Janeiro desde 2021: são 21 mil câmeras e os centros de controle e armazenamento das imagens. Os equipamentos têm reconhecimento facial dos agentes e sistema de criptografia que impede a edição dos vídeos das ações policiais. As imagens podem ser acompanhadas em tempo real e são armazenadas em data centers pela L8.

Além disso, em parceria com a Mobisig, a L8 desenvolveu um dispositivo que permite padronizar a sinalização e a sonorização de viaturas. Essa solução faz a sinalização das viaturas ficar na mesma frequência e fase. “Com luzes e sirenes sincronizadas, a percepção da população para a passagem das viaturas e motocicletas aumenta, o que contribui para a liberação das vias e para a segurança tanto de agentes quanto da população”, afirma Kuhn.

Outras inovações incluem câmeras com georreferenciamento, leitura automática de placas de veículos e identificação facial em viaturas, radares inteligentes para monitoramento viário, equipamentos antidrones (que permitem derrubar objetos voadores em áreas de segurança máxima) e scanners e detectores de metais para unidades penitenciárias e aeroportos.