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Autor de deepfakes de Donald Trump é excluído de plataforma

Criador do material diz que foi expulso da plataforma Midjourney, que permite criar imagens a partir de texto

Imagens de Donald Trump foram criadas em serviço de inteligência artificial

Imagens falsas de Donald Trump, ex-presidente dos EUA, sendo preso foram destaque na quarta-feira (22) e causaram a exclusão do autor do material da plataforma Midjourney. Eliot Higgins, fundador do site Bellingcat, diz que usou as fotos para criar um tópico viral no Twitter. Segundo ele, entretanto, a descrição informava que as imagens haviam sido criadas.

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Ele compartilhou cerca de 50 deepfakes e aponta que elas podem ter ajudado a conscientizar sobre a possibilidade de falsificação de fotos. A publicação no Twitter já tem quase 5,5 milhões de visualizações e informa sobre a falsidade do material. “Criando imagens de Trump sendo preso enquanto aguardo a prisão”, diz.

As fotos eram bem realistas e causaram dúvida, mas é possível observar falhas. Em uma das imagens, Trump aparece com três pernas. Em outra, as pernas dos policiais estão deformadas. Além disso, informações em uniformes estão pouco nítidas. A versão 5 do Midjourney cria imagens a partir de texto.

De acordo com o Buzzfeed, após a ocorrência, o Midjourney proibiu o uso da palavra “arrest” (preso, em inglês) em conjunto com o nome de Trump para a criação de novas imagens, com o objetivo de impedir outras tentativas de obtenção de material semelhante. Além disso, o serviço bloqueou os nomes de outros ex-presidentes americanos. A plataforma, no entanto, não confirma a suspensão de Higgins nem a proibição do uso dos termos.

Concorrente do Midjourney, o DALL-E já impedia o uso de nomes de celebridades na criação de imagens anteriormente para evitar situações assim. Trump não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido. Analistas avaliam que ele pode ser preso por subornar a atriz pornô Stormy Daniels.