A Polícia Civil (PC) indiciou Jose Umberto Alves Ribeiro, de 67 anos, preso em flagrante por estupro de vulnerável, nessa quarta-feira (1º), em Caldas Novas, Goiás.
A menina, que havia sido levada para um abrigo quando o assunto veio a tona, no último dia 2 de setembro, fugiu do local e foi para a cidade goiana com Jose Umberto, que estava foragido. A polícia só soube da localização da garota no momento do flagrante.
Quando os policiais entraram no apartamento onde estavam vivendo,
A avó da menina, uma idosa de 60 anos, também foi indiciada pela PC por estupro de vulnerável.
Segundo Larissa Mayerhofer, delegada responsável pelo caso, o idoso fez a garota acreditar que não havia nada de errado na situação. O homem prometia coisas para a menina, que vivia em situação de vulnerabilidade com a avó, no Barreiro, como pagar faculdade, dar dinheiro e até mesmo colocar uma casa no nome dela.
“Esse tipo de predador faz com que a criança ou adolescente acredite que o que ele está fazendo é bom para ela. Ele consegue convencê-la, seduzi-la e trazê-la para ele. E conforme foi apurado, ele conseguiu a explorar sexualmente”, explicou.
A delegada apontou que o homem utilizava sua situação financeira para ajudar e, posteriormente, aliciar a menina, conquistando sua confiança. Isso fez com que a vítima passasse por um processo de adultização, adquirindo comportamentos incompatíveis e incoerentes com sua idade.
Avó também foi indiciada
A avó da garota, uma idosa de 60 anos, também foi indiciada pela Polícia Civil. Ela afirmou saber da relação dos dois, porém alegou não ter conhecimento de que se tratava de um crime. Além disso, relatou que José Umberto a coagia e humilhava, para manter a relação com a neta.
Conforme a PC, o argumento de defesa não se sustenta pelo fato de que a idosa também se beneficiava dos benefícios que o autor dava à família.
Segundo delegado Rodolfo Rabelo, da PC, a idosa relatou à polícia que cuidava da neta pelo fato da mãe ser dependente química e estar internada em clínica de reabilitação. O idoso era amigo da família e tinha muito contato com elas.
“Há cerca de um mês a menina passou a dormir fora de casa e a avó não soube explicar se sabia ou não onde ela estaria, mas o certo é que por duas semanas ela estava morando com ele, quando houve denúncia no Conselho Tutelar do Barreiro. Ela disse que não sabia, que ficou sabendo dois dias antes, mas o que ela fala é conflituoso com a situação que está sendo apurado”, afirmou Rabelo.
Ele afirmou que a avó será denunciada pelo crime de estupro de vulnerável por ser garantidora do crime. “Ela permitiu que o crime acontecesse”.
Homem trocou carros para não ser localizado
O delegado Rodolfo Rabelo afirmou, ainda, que Jose Umberto tinha 15 veículos em seu nome e que ele trocou de carro com algumas pessoas, dirigindo carros não vinculados a ele. Isso fez com que a polícia tivesse dificuldades em localizá-lo.
“Ele provavelmente estava com um carro alugado ou de terceiro e saiu do estado rumo à Goiás”, explicou.
O apartamento em que o homem estava morando em Goiás era dele, por isso, a polícia acredita que ele pretendia viver lá com a garota e não voltar para Minas Gerais, onde sabia que seria preso.
Questionado pela Itatiaia se o suspeito poderia ter feito mais vítimas, o delegado relatou que havia muitas fotos com mulheres mais jovens no perfil de rede social do homem e que há uma postagem onde ele diz “gostar de prostitutas”. Porém, ainda não existem indícios de outras vítimas menores de idade.
O que fazer para denunciar abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes?
Quando há suspeita de violência sexual, é importante acionar uma das instituições que atuam na investigação, diagnóstico, enfrentamento e atendimento à vítima e suas famílias: Conselhos Tutelares, Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude (PJDIJ), 1ª Vara da Infância e da Juventude (1ª VIJ), Disque 100 ou 156.
- Disque denúncia nacional de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes - Disque 100