Carolina Hellem Soares Barbosa, de 34 anos, morta em um ponto de ônibus em Matozinhos, na Grande BH, já foi amiga da vizinha, de 33, suspeita do crime. O assassinato ocorreu no povoado Vale das Roseiras, nessa quinta-feira (19). “Elas eram amigas, se ajudavam. Matou a fome deles, ajudava muito”, contou a madrasta Marta Alves Chaves Barbosa, de 57 anos.
A boa convivência, no entanto, deu lugar a uma
Testemunhas relatam frieza da suspeita
Segundo uma testemunha, que trabalhava em uma obra próxima ao ponto de ônibus, tudo aconteceu muito rápido. “Na hora que ela deixou os meninos e voltou (...) ela gritou: ‘Ô, ela tá querendo atirar em mim’. Aí, quando ela gritou, já ouvimos o disparo”, relatou.
Ele correu até o portão e viu Carolina ferida. “Ela [a vizinha] estava com a cartucheira na mão, apontando para ela, parecia que ia dar outro tiro”. Após o disparo, a suspeita teria gritado: “Eu falei que ia matar essa pira***, essa v*****”. Em seguida, segundo a testemunha, ela teria coagido o companheiro a fugir, apontando a arma para ele e ordenando: “Tira o carro, tira o carro e não vai chamar a polícia”.
De amigas a inimigas
De acordo com Marta, que também não será identificada, o primeiro grande desentendimento teria ocorrido há cerca de três meses, motivado por ciúmes e pelo uso de álcool e drogas pela suspeita. A motivação, no entanto, ainda será investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
“Aí uma foi batendo na outra”, relatou. As brigas se tornaram tão frequentes que a dona de um bar próximo chegou a fechar o estabelecimento. Duas semanas antes do crime, uma nova discussão, por causa de uma “brincadeira de criança com pedra”, terminou em ameaça de morte.
Segundo a testemunha, na ocasião a suspeita afirmou que “ia matar a Carol”. Há ainda indícios de que o crime tenha sido premeditado.
Histórico de violência
Carolina deixa três filhos: uma adolescente de 17 anos e dois meninos de 3 anos.
A madrasta está desolada e pede justiça. “A Carol tinha os defeitos dela, era muito agitada, né? Mas era uma mãe atenciosa (...) A gente não esperava”, lamentou a madrasta.
Diante do histórico da suspeita, Marta desabafou: “Isso é reincidente. Uma pessoa que não pode conviver com a sociedade, é perigosa”.
A suspeita é considerada de alta periculosidade pela polícia, com envolvimento em quadrilhas de roubo a banco e vários registros criminais, de acordo com a Polícia Militar (PMMG).
Segundo a Polícia Civil (PCMG), Eles foram conduzidos à Delegacia de Plantão, ouvidos e autuados em flagrante delito pelo crime de homicídio.