Minas Gerais registra, em média, oito ocorrências por dia envolvendo cães agressivos. Um dos casos mais recentes aconteceu em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, onde uma
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O treinador de cães Anderson Tomás explica que algumas raças têm características mais propensas à dominância e reatividade, especialmente os cães de guarda e os terriers. “Por exemplo, o rottweiler foi criado na Alemanha como cão açougueiro e de guarda. O pitbull descende de outros terriers, é um cão muito explosivo, dominante e teimoso. Mas tudo depende da criação e do ambiente em que o animal vive”, explica.
Tomás também orienta sobre como agir em caso de ataque. “Eu sei que é difícil, mas o ideal é ficar o mais parado possível, sem olhar nos olhos do animal. Se você corre, ele entra em modo de caça. Manter a calma reduz o risco de ele atacar com mais agressividade.”
Já o médico veterinário Bruno Divino, diretor do Faculdade e Hospital Veterinário Arnaldo, destaca a importância da guarda responsável. “É fundamental que o tutor conheça as características do cão antes da adoção. É preciso avaliar se terá condições de cuidar bem, vacinar, alimentar e dar atenção ao animal. Um cão dócil, se for tratado com agressividade ou mantido preso o tempo todo, pode se tornar violento”, alerta.
Desde janeiro, está em vigor em Minas uma lei promulgada pela Assembleia Legislativa que torna obrigatório o uso de focinheira e coleira em cães considerados potencialmente perigosos, como pitbulls, quando estiverem em locais públicos.