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O caso aconteceu em setembro de 2020. A vítima é a cabeleireira Edisa Soloni, que faleceu aos 20 anos.
Edisa realizou cirurgia estética múltipla, que incluía lipoaspiração e lipoenxertia glútea, na Clínica Belíssima, localizada na regional Centro-Sul de Belo Horizonte.
A decisão, assinada pela Juíza de Direito Lucimeire Rocha, foi tomada nesse domingo (22). Ela determinou que Joshemar Fernandes Heringer recorra ao processo em liberdade.
Além disso, o médico foi condenado com uma pena restritiva de direitos, que prevê a interdição temporária do exercício da profissão pelo período de 18 meses. A juíza determinou que o
Advogados se posicionam
O advogado Pedro Guerra, assistente de acusação, afirmou que a decisão judicial “faz justiça à memória de Edisa”. Ele reforçou que “a segurança do paciente deve ser prioridade máxima em qualquer procedimento médico”.
Sérgio Leonardo, advogado de defesa, afirmou que vai recorrer da decisão.
Relembre o caso
A cabeleireira
Ainda na clínica, a paciente reclamou de dores e desmaiou. Ela foi levada ao Hospital Felício Rocho, mas faleceu logo após chegar no pronto-socorro. A clínica negou negligência, disse que prestou socorro e que a causa da morte foi embolia pulmonar.
Segundo a família da jovem, Edisa queria apenas fazer uma redução de gordura e pele do abdômen, mas foi convencida pelo médico a fazer as outras duas cirurgias — inserção nos glúteos e lipoaspiração na papada — no mesmo dia. A vítima pagou R$ 11 mil pelos procedimentos.
Na condenação, a Justiça considerou que o médico cometeu crime de imprudência, imperícia e negligência. A justificativa foi a utilização de técnicas não recomendados e ausência de suporte adequado no pós-operatório.
* Com informações de Fernanda Rodrigues