O homem de 45 anos brutalmente espancado e esfaqueado no último dia 2 de agosto, em plena Rua Sapucaí, movimentada área boêmia do bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte, foi falsamente acusado de abuso sexual, segundo investigação da Polícia Civil. A vítima chegou a ficar dez dias em coma após as agressões.
Três autores, maiores de idade, foram presos no dia do crime, e outros, menores, identificados. A ação foi filmada por câmeras de segurança e populares que estavam no local.
O grupo, que tinha cerca de dez pessoas, agrediu o homem com chutes, pancadas usando socos-ingleses e facadas, desferidas por uma mulher de 25 anos quando a vítima já estava desacordada.
Falsa acusação de abuso sexual
À época do crime, a autora das facadas acusou a vítima de ter tentado abusar sexualmente dela, utilizando desse argumento para inflamar o grupo de amigos que realizou as agressões. Porém, as investigações mostraram que tratava-se de uma acusação falsa.
De acordo com o delegado da Polícia Civil (PC), Alessandro Santa Gema, as agressões começaram após a vítima pedir um copo de cerveja ao grupo autor. Após a negativa, iniciou-se uma discussão, que evoluiu para o espancamento.
Na ocasião, o homem foi socorrido pela Polícia Militar após um gari que estava no local denunciar a ação. Os policiais que ajudaram a vítima conseguiram prender os três autores.
A PC ainda apurou que todos os autores portavam armas brancas, como facas e socos-ingleses. Questionados sobre o motivo do porte das armas, alegaram que eram para proteção, visto que já haviam sido roubados e agredidos em outras ocasiões.
Os quatro autores maiores de idade responderão por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Outros dois maiores foram indiciados por ajudarem a esconder as armas utilizadas no crime, que foram enterradas.
Já os menores infratores autores do crime serão responsabilizados perante a Justiça da Infância e Juventude.