A irmã da
Na entrevista, ela pediu para não ser identificada e contou que o casal discutiu na noite dessa quarta-feira (27), e que as brigas eram constantes.
“Uma e pouca da manhã ficou tudo em silêncio. (...) Nesse momento, provavelmente, ele já tinha matado ela. Ele levou ela para o banheiro, deu banho nela, trocou a roupa dela, colocou ela deitada na cama e falou para o irmão dele, que mora próximo, que ela estava passando mal, que ela estava com a boca roxa”.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e constatou que Aline da Silva Rosa, de 35 anos, estava morta.
“Ele [o marido da vítima] tentou simular que ela teve uma morte natural, mas aqui no IML foi constatado que foi traumatismo craniano. Parece que asfixia também, né? A cabeça dela lá na hora que o perito chegou, ele achou um machucado”, disse.
A irmã da vítima contou ainda que Aline e o marido tinham muitos problemas conjugais e que já chegaram a se separar, mas reataram o relacionamento.
“Mais um caso de feminicídio no Brasil. Eu espero, do fundo do meu coração, que ela não vire mais uma estatística, que ele seja preso e que pague pelo que ele fez com a minha irmã".
O crime
Aline da Silva Rosa tinha 35 anos e trabalhava na cozinha de uma escola. De acordo com a Polícia Militar (PM), o companheiro dela, de 42, ligou para o irmão dizendo que o casal havia discutido e que a mulher estava inconsciente — supostamente passando mal. Em seguida, ele desapareceu e ainda não foi localizado.
Quando chegaram ao local, policiais encontraram a vítima morta.
A perícia da Polícia Civil constatou sinais de asfixia mecânica (estrangulamento), além de luta corporal, com lesões e hematomas pelo corpo. Também foi encontrado no imóvel um fragmento granulado preto, semelhante a veneno para rato.