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‘Ele tentou simular que ela teve morte natural’, diz irmã de mulher morta

Aline da Silva Rosa, de 35 anos, foi encontrada sem vida com sinais de agressão e estrangulamento

Viatura da Polícia Militar (imagem ilustrativa)

A irmã da mulher encontrada morta dentro de casa, em Brumadinho, na Grande BH, na madrugada desta quinta-feira (28), disse à Itatiaia que uma mistura de revolta e impunidade passa pela cabeça dela.

Na entrevista, ela pediu para não ser identificada e contou que o casal discutiu na noite dessa quarta-feira (27), e que as brigas eram constantes.

“Uma e pouca da manhã ficou tudo em silêncio. (...) Nesse momento, provavelmente, ele já tinha matado ela. Ele levou ela para o banheiro, deu banho nela, trocou a roupa dela, colocou ela deitada na cama e falou para o irmão dele, que mora próximo, que ela estava passando mal, que ela estava com a boca roxa”.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e constatou que Aline da Silva Rosa, de 35 anos, estava morta.

“Ele [o marido da vítima] tentou simular que ela teve uma morte natural, mas aqui no IML foi constatado que foi traumatismo craniano. Parece que asfixia também, né? A cabeça dela lá na hora que o perito chegou, ele achou um machucado”, disse.

A irmã da vítima contou ainda que Aline e o marido tinham muitos problemas conjugais e que já chegaram a se separar, mas reataram o relacionamento.

“Mais um caso de feminicídio no Brasil. Eu espero, do fundo do meu coração, que ela não vire mais uma estatística, que ele seja preso e que pague pelo que ele fez com a minha irmã".

O crime

Aline da Silva Rosa tinha 35 anos e trabalhava na cozinha de uma escola. De acordo com a Polícia Militar (PM), o companheiro dela, de 42, ligou para o irmão dizendo que o casal havia discutido e que a mulher estava inconsciente — supostamente passando mal. Em seguida, ele desapareceu e ainda não foi localizado.

Quando chegaram ao local, policiais encontraram a vítima morta.

A perícia da Polícia Civil constatou sinais de asfixia mecânica (estrangulamento), além de luta corporal, com lesões e hematomas pelo corpo. Também foi encontrado no imóvel um fragmento granulado preto, semelhante a veneno para rato.

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Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.
Alex Araújo é formado em Jornalismo e Relações Públicas pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH) e tem pós-graduação em Comunicação e Gestão Empresarial pela Universidade Pontifícia Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Já trabalhou em agência de publicidade, assessoria de imprensa, universidade, jornal Hoje em Dia e portal G1, onde permaneceu por quase 15 anos.
Jornalista formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Na Itatiaia desde 2008, é “cria” da rádio, onde começou como estagiário. É especialista na cobertura de jornalismo policial e também assuntos factuais. Também participou de coberturas especiais em BH, Minas Gerais e outros estados. Além de repórter, é também apresentador do programa Itatiaia Patrulha na ausência do titular e amigo, Renato Rios Neto.
Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.