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‘Cupins alados’: aleluias ‘invadem’ BH e interrompem até futebol

No bairro Floresta, a invasão foi tão intensa que interrompeu, por alguns minutos, uma aula de futsal em um colégio particular

Cupins de asa foram vistos em vários bairros de BH

Moradores de diferentes bairros de Belo Horizonte se surpreenderam com a presença de milhares de cupins, conhecidos popularmente como aleluia, siriri ou bichinhos de luz, que tomaram conta de várias regiões da capital na noite dessa terça-feira (9).

Eles foram vistos em bairros das regiões Leste (Floresta, Santa Tereza e Santa Efigênia), Centro-Sul (Funcionários, São Lucas e Mangabeiras), Nordeste (Cidade Nova e Cachoeirinha), Norte (Minaslândia, Floramar, Guarani, Heliópolis e Tupi) e Oeste (Buritis, Estoril e Jardim América).

No bairro Floresta, por exemplo, a invasão foi tão intensa que interrompeu, por alguns minutos, uma aula de futsal em uma escola.

Mas o que são esses bichinhos? Eles representam perigo?

Segundo biólogos ouvidos pela reportagem, o cupim alado se reproduz normalmente de setembro a janeiro, entre a primavera e o verão.

Por que eles buscam a luz?

Os ‘cupins alados’ precisam de temperaturas mais altas e de umidade para se reproduzir. As ondas de calor e as mudanças climáticas extremas favorecem o metabolismo deles durante esse período. Mesmo em dias quentes, há umidade no interior dos imóveis.

O voo desses insetos é orientado pela luz da lua, mas quando há uma lâmpada incandescente acesa, eles são atraídos tanto pela luminosidade quanto pelo calor. A luz artificial acaba desorientando o voo dos cupins.

Há risco para a população?

A aleluia não representa risco para a saúde humana, mas pode causar danos a móveis de madeira. A recomendação é apagar as luzes e manter janelas fechadas para evitar a entrada dos insetos.

Aleluia é sinal de chuva?

A crença popular tem fundamento, já que os cupins alados costumam aparecer em períodos de chuva, pois a reprodução deles é favorecida pela umidade.

Além disso, a invasão dos ‘cupins alados’ pode indicar que a temperatura vai cair ou, em alguns casos, que o calorão ainda vai continuar.

Fonte: bióloga Fernanda Raggi, professora da UniBH

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Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.