Moradores de diferentes bairros de Belo Horizonte se surpreenderam com a presença de milhares de cupins, conhecidos popularmente como aleluia, siriri ou bichinhos de luz, que tomaram conta de várias regiões da capital na noite dessa terça-feira (9).
Eles foram vistos em bairros das regiões Leste (Floresta, Santa Tereza e Santa Efigênia), Centro-Sul (Funcionários, São Lucas e Mangabeiras), Nordeste (Cidade Nova e Cachoeirinha), Norte (Minaslândia, Floramar, Guarani, Heliópolis e Tupi) e Oeste (Buritis, Estoril e Jardim América).
No bairro Floresta, por exemplo, a invasão foi tão intensa que interrompeu, por alguns minutos, uma aula de futsal em uma escola.
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— Itatiaia (@itatiaia) September 10, 2025
Mas o que são esses bichinhos? Eles representam perigo?
Segundo biólogos ouvidos pela reportagem, o cupim alado se reproduz normalmente de setembro a janeiro, entre a primavera e o verão.
Por que eles buscam a luz?
Os ‘cupins alados’ precisam de temperaturas mais altas e de umidade para se reproduzir. As ondas de calor e as mudanças climáticas extremas favorecem o metabolismo deles durante esse período. Mesmo em dias quentes, há umidade no interior dos imóveis.
O voo desses insetos é orientado pela luz da lua, mas quando há uma lâmpada incandescente acesa, eles são atraídos tanto pela luminosidade quanto pelo calor. A luz artificial acaba desorientando o voo dos cupins.
Há risco para a população?
A aleluia não representa risco para a saúde humana, mas pode causar danos a móveis de madeira. A recomendação é apagar as luzes e manter janelas fechadas para evitar a entrada dos insetos.
Aleluia é sinal de chuva?
A crença popular tem fundamento, já que os cupins alados costumam aparecer em períodos de chuva, pois a reprodução deles é favorecida pela umidade.
Além disso, a invasão dos ‘cupins alados’ pode indicar que a temperatura vai cair ou, em alguns casos, que o calorão ainda vai continuar.
Fonte: bióloga Fernanda Raggi, professora da UniBH