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Audiência que ouviria acusado de matar sargento Roger Dias em BH é adiada

Segundo TJMG, motivo foi a perda de contato com o advogado do réu; sessão foi remarcada para o dia 19 de setembro

Welbert de Souza Fagundes ainda não foi julgado pelo assassinato do sargento Roger Dias

A audiência de instrução de Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, acusado de matar o sargento da Polícia Militar Roger Dias, foi adiada para o dia 19 de setembro, às 13h30, no 2º Tribunal Sumariante, em Belo Horizonte.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o motivo do adiamento foi a perda de contato do advogado de defesa do réu, que estava online na sessão. Uma testemunha chegou a ser ouvida.

O reú seria ouvido por meio de videoconferência, diretamente da Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, na região Norte de Minas Gerais.

Relembre o assassinato

O crime, que ganhou grande repercussão, ocorreu em 5 de janeiro, no bairro Novo Aarão Reis, na região Norte de BH. Segundo o Ministério Público (MPMG), tudo começou quando a polícia recebeu a informação de que dois homens armados, em um Fiat Uno prata roubado, circulavam pela cidade. O carro era dirigido por Geovanni, com Welbert no banco do passageiro.

Os policiais tentaram parar o veículo, mas Geovanni não obedeceu e fugiu em alta velocidade. Durante a perseguição, ele bateu em uma motocicleta e atropelou um homem, que foi arremessado para cima do carro. Mesmo assim, continuou dirigindo até bater em um poste. A vítima foi socorrida e sobreviveu.

Após a batida, Welbert e Geovanni fugiram a pé. Na sequência, o sargento Roger Dias encontrou Welbert e ordenou que ele se rendesse. Nesse momento, Welbert tirou uma arma do bolso e atirou na cabeça do policial. Mesmo com o sargento caído, fez outro disparo.

Outro militar tentou intervir, mas também foi alvo de tiros — que não o atingiram. Ele revidou e baleou Welbert, que foi preso no local com a arma usada. O sargento Roger Dias chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Enquanto isso, a polícia continuou as buscas por Geovanni. Ele foi encontrado escondido na laje de um comércio e atirou contra quatro policiais, mas errou todos os disparos. Mesmo ferido após o revide, conseguiu correr para uma mata próxima, onde acabou preso. De acordo com a denúncia, os ataques tiveram o objetivo de evitar a prisão pelo roubo do carro.

Acusado de participar da morte foi condenado

Geovanni Faria de Carvalho, acusado de participar da morte do sargento Roger Dias e de tentar matar outros policiais em 2024, foi condenado a 13 anos e sete meses de prisão em regime fechado.

O julgamento foi no Fórum Lafayette, no bairro Barro Preto. Geovanni é apontado como comparsa de Welbert de Souza Fagundes, autor dos disparos que mataram o militar.

Ele foi condenado por três tentativas de homicídio praticadas contra três policiais militares durante de tentativa de fuga após ser perseguido pelo roubo de um carro. O conselho de sentença também condenou o acusado por uma tentativa de homicídio ocorrida no trânsito, ao bater em um motociclista.

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Alex Araújo é formado em Jornalismo e Relações Públicas pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH) e tem pós-graduação em Comunicação e Gestão Empresarial pela Universidade Pontifícia Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Já trabalhou em agência de publicidade, assessoria de imprensa, universidade, jornal Hoje em Dia e portal G1, onde permaneceu por quase 15 anos.
Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas
Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.