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Acusado de matar sargento Dias é interrogado, diz apanhar na cadeia e fica em silêncio

Welbert de Souza Fagundes participou de audiência de instrução e julgamento nesta sexta-feira (19) em Belo Horizonte

Acusado de matar sargento Dias é interrogado, diz apanhar na cadeia e fica em silêncio

Welbert de Souza Fagundes, acusado de matar o sargento Roger Dias, participou de audiência de instrução e julgamento no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, nesta sexta-feira (19).

No entanto, Welbert permaneceu em silêncio durante seu interrogatório. Sua única manifestação foi dizer que é vítima de agressão na cadeia.

O acusado prestou seu depoimento remotamente, direto da Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais.

O juiz Roberto Araújo determinou que as alegações do custodiado fossem oficiadas ao corregedor do presídio.

No total, cinco testemunhas também foram ouvidas pela Justiça:

  • Dois policiais civis que atuaram nas investigações;
  • Dois policiais militares que atuaram na ocorrência que acabou com a morte do sargento;
  • Um motociclista atropelado por Welbert e um comparsa quando tentavam fugir.
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Relembre o crime

O crime, que ganhou grande repercussão, ocorreu em 5 de janeiro de 2024, no bairro Novo Aarão Reis, na Regional Norte de Belo Horizonte.

Segundo o Ministério Público (MPMG), tudo começou quando a polícia recebeu a informação de que dois homens armados, em um Fiat Uno prata roubado, circulavam pela cidade. O carro era dirigido por Geovanni Faria de Carvalho, com Welbert no banco do passageiro.

Os policiais tentaram parar o veículo, mas Geovanni não obedeceu e fugiu em alta velocidade. Durante a perseguição, ele bateu em uma motocicleta e atropelou um homem, que foi arremessado para cima do carro. Mesmo assim, continuou dirigindo até bater em um poste. A vítima foi socorrida e sobreviveu.

Após a batida, Welbert e Geovanni fugiram a pé. Na sequência, o sargento Roger Dias encontrou Welbert e ordenou que ele se rendesse. Nesse momento, Welbert tirou uma arma do bolso e atirou na cabeça do policial. Mesmo com o sargento caído, fez outro disparo.

Outro militar tentou intervir, mas também foi alvo de tiros — que não o atingiram. Ele revidou e baleou Welbert, que foi preso no local com a arma usada. O sargento Roger Dias chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Em agosto deste ano, a Justiça de Minas Gerais condenou Geovanni Faria de Carvalho, comparsa de Welbert, a 13 anos e sete meses de prisão em regime fechado.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.