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Vacina contra Covid-19 da UFMG está a um passo de concluir o ciclo de pesquisa

Imunizante se aproxima de ser inserida no Programa Nacional de Imunizações (PNI). A vacina totalmente brasileira protege contra mais variantes do vírus da Covid-19

Vacina contra covid-19 100% brasileira deve ficar disponível em 2028

A SpiN-TEC, vacina contra Covid-19 desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), finalizou a segunda das três fases dos testes em humanos. Com a conclusão dessa etapa, a primeira vacina 100% brasileira está cada vez mais perto de ser incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O imunizante se diferencia de outros já existentes por proteger contra um número maior de variantes do vírus da covid-19 a um custo inferior para a saúde pública. Segundo o coordenador do CTVacinas, Ricardo Gazzinelli, a vacina transpõe o “vale da morte”, o que garante a soberania na inovação de vacinas.

Outro ponto positivo da SpiN-TEC é que ela pode ser armazenada de forma estável por até dois anos em uma geladeira. Com isso, diferente dos outros imunizantes, ela não precisa ser conservada em freezer ou super freezer. Além disso, testes mostram que a SpiN-TEC conserva suas propriedades durante 10 a 15 dias em ambiente natural.

A segunda fase dos testes em humanos terminou na quinta-feira passada (8). Nessa etapa, segundo a UFMG, metade dos voluntários recebeu uma dose da Spin-TEC e a outra metade, da Pfizer bivalente. Os voluntários só descobriram qual vacina foi administrada ao fim dos testes.

Uma das voluntárias participantes da segunda fase foi a Maria Adelaide, 61 anos. Ela ficou feliz ao descobrir que recebeu a dose da SpiN-TEC.

“Estou muito orgulhosa de participar desse marco histórico. O Brasil precisa fabricar as próprias vacinas, não depender de nenhum outro país para proteger a própria população”, disse a voluntária, que também reforçou: “Não tive nenhuma intercorrência, dor, nada, ao tomar a SpiN-TEC”.

Terceira fase de testes

Devido à complexidade, a previsão é que a terceira fase de testes comece apenas em 2026. A equipe da CTVacinas espera que cerca de 5,3 mil voluntários de todo o país participem desta etapa.

Em cada etapa de testes, os voluntários precisam ser avaliados por um ano. Com isso, se tudo correr bem, a expectativa é que a vacina esteja disponível a partir de 2028.

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas