Escolas da rede municipal de ensino de Belo Horizonte estão sem os kits escolares deste ano letivo, que teve início no dia 5 de fevereiro. Itens básicos como lápis, caneta, borracha e cadernos estão entre os materiais em falta.
De acordo com o Sind-REDE/BH, o Sindicato dos trabalhadores em Educação da Rede Municipal, não é possível ter uma dimensão do problema, como o número exato de escolas com material em falta. Em nota enviada à Itatiaia, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que 53% das escolas realizaram a compra dos kits escolares até essa quarta-feira (12).
Mesmo com escolas e famílias se virando para minimizar os prejuízos aos alunos, a diretora do Sind-REDE, Vanessa Portugal, afirma que os alunos estão sendo prejudicados.
“O ‘basicão’, um caderno e um lápis, o mais provável é que todas as escolas tenham resolvido, de um jeito ou de outro. Agora, isso não é tarefa da escola. E isso também é sustentável, por que isso vai durar até quando?”
O problema ocorre em função de uma decisão da Prefeitura de Belo Horizonte, que descentralizou a compra do material escolar dos alunos da rede municipal.
Vanessa Portugal entende que o aviso ocorreu em cima da hora, o que inviabilizou a organização das escolas no momento em que muitas unidades passam por troca de diretorias.
“Nós não temos desacordo com a descentralização da compra de materiais para as escolas. Sob um determinado aspecto, é até mais lógico, porque cada escola efetiva a compra de acordo com a sua necessidade. O problema é que descentralizar significa, primeiro, informar com antecedência, segundo, ter um provisionamento de verbas anterior a descentralização”, afirma a presidente do sindicato.
Prefeitura se pronuncia
Em nota enviada à Itatiaia, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) se pronunciou, por meio da Secretaria Municipal de Educação, e afirmou que “não haverá impacto no processo de aprendizagem”, mesmo com a falta dos materiais.
Confira o posicionamento na íntegra:
“A Secretaria Municipal de Educação informa que para o ano de 2025 os kits escolares (compostos por lápis, borracha, apontador e caneta hidrocor, entre outros materiais de uso individual) serão adquiridos por cada escola, com recursos do caixa escolar.
As diretorias regionais foram orientadas sobre a sistemática e aquelas unidades que não tinham verba suficiente receberam repasses da SMED para a compra. Até essa quarta-feira, 53% das escolas já haviam realizado a compra do material.
Vale ressaltar que não haverá impacto no processo de aprendizagem, pois todas as escolas possuem o material básico para iniciar o ano letivo.”