As transações via PIX registraram uma queda significativa de 11% na semana de 4 a 10 de janeiro, o que significa a maior redução desde o lançamento do serviço em novembro de 2020. Esta diminuição ocorre em um contexto de propagação de fake news após o anúncio da Receita Federal sobre a ampliação da fiscalização das movimentações financeiras.
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Segundo dados do Banco Central, o PIX, utilizado por 76% da população brasileira, foi incluído no monitoramento de movimentações financeiras da Receita Federal. O anúncio da medida gerou confusão e desconfiança entre os usuários, com muitos interpretando erroneamente que o Pix passaria a ser taxado para pessoas físicas.
Novos limites de movimentação
A Receita Federal aumentou os limites mensais de movimentação que não precisam ser informados. Para pessoas físicas, o limite subiu de R$ 2 mil para R$ 5 mil, enquanto para pessoas jurídicas o aumento foi de R$ 5 mil para R$ 15 mil. Essa mudança, no entanto, não implica em taxação para pessoas físicas ou microempreendedores individuais, que continuam isentos de cobranças nas transações via PIX.
Desde 2020, uma resolução do Banco Central permite que empresas sejam taxadas pelo uso do PIX, prática adotada pela maioria dos bancos. A Caixa Econômica Federal, que inicialmente não aplicava essa cobrança, passou a fazê-lo para pessoas jurídicas a partir de setembro de 2023.