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Em 8 dias, comerciante de Contagem (MG) é vítima de furto de cabos por 3 vezes: ‘Prejuízo alto para pequena empresa’

Empresária afirma que já teve o prejuízo de R$ 20 mil; Polícia Civil admite dificuldade, mas destaca queda dos crimes na região

Furto de cabos faz parte da rotina de quem mora na Grande BH

O problema do furto de cabos de cobre volta a atormentar moradores e comerciantes da região metropolitana de Belo Horizonte. Em Contagem, na região metropolitana, uma empresária que não será identificada. denuncia que, em menos de dez dias, teve os cabos furtados por três vezes.

A empresária relata: “Em oito dias, desde o Natal, o ramal de entrada dos cabos de cobre de energia da Cemig foram roubados no meu galpão de pintura eletrostática aqui no bairro Beatriz, em Contagem. Somando um roubo dos mesmos cabos no ano passado, o prejuízo é de quase R$ 20 mil. Um valor muito alto para uma pequena empresa como a minha”.

Além do impacto financeiro direto, a situação afeta a operação do negócio e a relação com os clientes. “Além desse prejuízo, como ficam os meus clientes? Um atraso de um a dois dias, o que não é correto”, lamenta a empresária.

Problema recorrente na região

A situação não se limita a um caso isolado. Segundo a empresária, o problema é recorrente em diversos estabelecimentos do município. “Os comerciantes passam pela mesma situação. O meu vizinho aqui que tem um galpão, os cabos dele já foram roubados duas vezes. Lá no Centro de Contagem, o Pilates que eu vou, eu fiquei duas semanas sem ir e também no Salão de Beleza”, relata.

O delegado Rafael Souza, da 6ª Delegacia de Polícia Civil em Contagem, destaca que houve uma redução nos índices de furto no último ano, mas reconhece as dificuldades enfrentadas pelas autoridades. “Aqui a gente tem uma dificuldade muito grande porque a gente ainda não tem a instalação dos dispositivos de Olho Vivo. Poucas câmeras de monitoramento aqui na nossa região de atuação funcionam”, explica.

Desafios na punição dos infratores

Outro obstáculo apontado pelo delegado é a natureza do crime. Por se tratar de furto, sem violência ou grave ameaça, muitos suspeitos acabam sendo liberados após a audiência de custódia, especialmente se não possuírem antecedentes criminais.

“Como o fio de cobre geralmente é subtraído pelo furto, ou seja, sem violência, grave ameaça, na clandestinidade, esses indivíduos são liberados”, explica Souza.

Apesar disso, a polícia tem intensificado as ações de combate ao crime, resultando em uma redução de 13% nos índices gerais e 19,3% nas áreas consideradas “zonas quentes” de criminalidade.

O delegado também alerta sobre a responsabilidade de quem compra o material furtado. “A pessoa que recebe esse tipo de material, compra esse material, está incorrendo no crime de receptação’, adverte. As autoridades têm aumentado a fiscalização dos locais conhecidos por receber esse tipo de material”, finalizou.

A polícia orienta que as denúncias de furto sejam feitas pelo número 190 da Polícia Militar.

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Ita
A Ita é a Inteligência Artificial da Itatiaia. Todas as reportagens produzidas com auxílio da Ita são editadas e revisadas por jornalistas.
Mineira de Resende Costa, Campo das Vertentes. Jornalista formada pela UFSJ, já trabalhou na Rádio Emboabas de São João del-Rei. Na Itatiaia, é editora do Jornal Itatiaia Primeira Edição e do Jornal da Tarde. Além de repórter, principalmente em Cidades