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PCMG inicia campanha de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas

Iniciativa cruza dados dos familiares com informações de pessoas desaparecidas armazenadas em bancos

‘Swab’, material que é usado durante coleta de saliva, uma das formas de obtenção de material genético

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) lança mais uma edição da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, que dura até o dia 15 de agosto. O objetivo é incentivar familiares de pessoas desaparecidas a doarem material genético, que será comparado com perfis armazenados nos bancos estaduais e no Banco Nacional de Perfis Genéticos.

De acordo com o chefe de Laboratório de DNA da PCMG, perito criminal Giovanni Vitral, nos últimos cinco anos foram identificadas 28 pessoas pelo banco de perfis genéticos. “O trabalho no Instituto de Criminalística teve início em 2014, mas os ‘matches’ começaram em 2019, a partir do projeto de fortalecimento da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), quando pudemos processar mais amostras de restos mortais e de familiares”, explicou.

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Quem deve doar e como funciona

Quem deve doar, preferencialmente, são familiares de primeiro grau da pessoa desaparecida, seguindo a ordem pai e mãe, filhos e o genitor do filho da pessoa desaparecida e irmãos. No momento da coleta, os familiares devem apresentar um documento de identificação e a cópia do boletim de ocorrência do desaparecimento, com número, estado de registro e delegacia. Deve também assinar um termo de consentimento para análise do material.

A coleta do DNA consiste em esfregar um cotonete na bochecha do familiar ou na retirada de uma gota de sangue do dedo do voluntário. O DNA somente será usado para a finalidade de encontrar parentes desaparecidos.

No IML, o familiar pode entregar qualquer material de uso pessoal do desaparecido, como barbeadores, escovas de dente, bonés, roupas usadas pelo desaparecido e que não tenham sido lavadas, escova de cabelo ou pente de uso exclusivo do desaparecido, entre outros.

Onde doar

Em Belo Horizonte, os familiares deverão procurar a DRPD para emitir requisição pericial. Em seguida, eles serão direcionados ao Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette (IMLAR) para coleta do material, das 8h às 18h.

No interior do estado, os familiares deverão procurar a Delegacia Regional de Polícia Civil para emissão da requisição pericial e, posteriormente, serão direcionados ao Posto Médico-Legal, das 8h às 18h. Os endereços estão disponíveis neste link.

Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.