Belo Horizonte foi fundada em
Cerca de meio milhão de pessoas visitam o Parque Municipal todo mês e, para que ele continue funcionando, é preciso o trabalho de dezenas de pessoas.
Nesta semana do aniversário de BH o programa Rádio Vivo, com Eduardo Costa e Fernanda Viegas, exibe a série “BH como eu te vejo”, que celebra os 127 anos da Capital e relembra coberturas marcantes da Rádio de Minas na avenida Afonso Pena. Vamos percorrer os principais pontos da avenida e falar de momentos em que a Itatiaia fez e ainda faz história, sempre com a ajuda de moradores e frequentadores da avenida.
Vozes do Parque
Entre as pessoas que trabalham ali está a bióloga Andreia Paiva, que trabalha no parque desde 2000. Nesses mais de 20 anos de trabalho, Andreia se apaixonou pelo parque e estudou muito a história do espaço.
“O parque, ele não é uma área de mata que foi cercada. Ele era um arraial do arraial do curral de rei, uma chácara que foi desapropriada e foi implantado o Parque. Então ele é todo obra de um paisagista, ele é todo jardim que virou uma floresta. Uma floresta com jardim, é um misto. E a flora dele também é mista. A gente tem muitas espécies do Brasil, de vários biomas - principalmente Mata Atlântica. E a gente também tem de outros biomas do mundo, de vários lugares do mundo. Então, as árvores daqui que a gente chama de exóticas, que não são brasileiras, também já se adaptaram aqui, o parque já tem 127 anos, né?”, conta Andreia.
Andreia de Oliveira e Geraldo Tiago, servidores do parque
Crime chocante
Mas as coisas nem sempre foram tão tranquilas assim. Era uma manhã nublada e quente de dezembro, quando um grupo de alunas que iam em direção ao colégio encontraram algo inacreditável. Um homem morto, totalmente ensanguentado, escondido entre os arbustos do parque.
Parece um roteiro de filme de Hollywood, mas esse caso aconteceu em Belo Horizonte, em 1946. O corpo era do engenheiro Luiz Delgado, morto com 28 facadas no Parque Municipal. Mas o autor do crime, esse sim, nunca foi descoberto.
O poeta Décio Escobar foi apontado como suspeito após ser denunciado pela própria esposa. O julgamento, realizado em 1954 parou a cidade. O júri foi a primeira grande cobertura da
A equipe, comandada pelo próprio Januário Carneiro, montou um posto de de transmissão no fundo do salão do júri e trouxe todas as informações em primeira mão, inclusive a absolvição do suspeito.
Paixão da capital
Décadas e décadas após esse caso, o parque municipal segue sendo o verdadeiro refúgio verde no centro da capital mineira, atraindo milhares e milhares de visitantes.
Geraldo Thiago, que desde os anos 80 trabalha como encarregado de serviços do parque, conta que já trabalhou em outros pontos de BH, mas sempre com a promessa de que voltaria para sua grande paixão, o Parque Municipal.
“Aqui eu eu construí vários amigos, né? Eu tenho convívio com muitas pessoas. A gente construiu uma história boa, uma história de vida, né?”
Ouça a reportagem na íntegra:
* Esta reportagem especial teve produção e direção de Fernanda Rodrigues e Marina Borges, com apoio de Maria Fernanda Ramos e Naice Dias.
* A série especial “BH como eu te vejo” é um oferecimento da Araújo.