O ciclone extratropical que começou a atingir a região Sul do Brasil nessa quinta (24) está sobre o Oceano Atlântico na manhã desta sexta, a 700 quilômetros a Sudeste do Chuí em mar aberto, conforme monitoramento do instituto MetSul. Associada ao
Conforme o instituto Climatempo, a frente fria se formou sobre o Sul do Brasil e, nesta sexta-feira (25), ‘avança sobre a região Sudeste, impactando primeiramente o estado de São Paulo com fortes pancadas de chuva no decorrer da manhã.
“Ainda pela manhã e ao longo da tarde, as fortes pancadas de chuva associadas com a sua frente fria devem ocorrer sobre todo o estado do Rio de Janeiro, Triângulo Mineiro, Centro e Sul de Minas Gerais, incluindo a grande Belo Horizonte e também o Sul do Espírito Santo.
O instituto explica que frente fria na costa canaliza umidade da Amazônia entre o Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil. “O que faz com que estas duas regiões do Brasil sejam as de maior risco de chuva localmente forte e de temporais isolados no decorrer desta sexta-feira. A MetSul, porém, enfatiza que o cenário para o dia de hoje é de muito menor risco que o de ontem”, ressalta.
Vendavais
Monitoramento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) identificou que o ciclone trouxe rajadas de vento no Sul do Brasil de 122 km/h em Erechim, 101 km/h em Laguna, 95 km/h em Ituporanga, 91 km/h em Cambará do Sul e Soledade, 90 km/h em Bento Gonçalves, 89 km/h em Curitibanos, 88 km/h em Dois Vizinhos, 87 km/h em São Vicente do Sul, 82 km/h em Laranjeiras do Sul, 81 km/h em Lagoa Vermelha e 80 km/h em Santa Maria, Canela e Planalto.
“Estação automática particular em Igrejinha, no Vale do Paranhana, acusou vento de 133 km/h. Em Santa Maria, a Força Aérea Brasileiro reportou durante a manhã rajada de vento de 104 km/h na base aérea, no bairro Camobi”, aponta informativo da MetSul.
“No interior do estado de São Paulo, o vento chegou a 126 km/h em Ourinhos. No Rio de Janeiro, o vento no Aeroporto Internacional do Galeão teve rajada de 87 km/h”, completa.
Entenda
O ciclone extratropical é caracterizado por um sistema de baixa pressão atmosférica que ocorre em latitudes médias, ou seja, longe da região equatorial. A ocorrência de ciclone extratropical é comum Europa, América do Norte e Ásia, mas também pode ocorrer em países como o Brasil.
Normalmente, o ciclone é acompanhado fortes ventos e chuvas intensas. Em algumas regiões, é possível nevar. Os ciclones extratropicais geralmente se formam a partir da diferença de temperatura entre a região equatorial e as latitudes médias. Isso ocorre porque o ar quente da região equatorial sobe e o ar frio das latitudes médias desce, criando uma zona de conflito que pode gerar os ciclones.
Os ciclones extratropicais são diferentes dos ciclones tropicais, que ocorrem em regiões próximas ao equador. Os ciclones tropicais são mais conhecidos como furacões, tufões ou ciclones, e são caracterizados por ventos que atingem velocidades extremamente elevadas.
Já os ciclones extratropicais são geralmente menos intensos, mas podem causar danos significativos em áreas habitadas.