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Tremor de terra em MG: ‘Estado com maior número de abalos sísmicos’, diz especialista

Apesar do registro, não houve acionamentos para atendimentos à feridos e danos estruturais

Minas Gerais registrou outros tremores de terra neste mês de setembro

Um tremor de terra de magnitude 2.0 na escala Richter foi registrado na madrugada dessa quinta-feira (11) em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais. Apesar do abalo sísmico, a Defesa Civil da cidade não recebeu acionamentos para danos estruturais. Também não houve feridos.

O tremor foi sentido por volta das 4h12, principalmente no bairro Interlagos. Nas horas seguintes ao abalo, a Defesa Civil fez uma ronda por bairros da cidade e não encontrou danos.

O abalo sísmico foi registrado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e analisado pelo Centro de Sismologia da USP. A RSBR é coordenada pelo Observatório Nacional (ON/MCTI) com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM).

Antes disso, no dia 8 de setembro, dois tremores de terra foram registrados no município de Capim Branco, na Grande BH, em um período de 15 minutos, com magnitudes calculadas em 1.9 e 2.0.

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Bruno Collaço, sismólogo do Centro de Sismologia da USP e da RSBR, afirmou que Minas Gerais é o estado brasileiro com maior número de abalos sísmicos.

“Pequenos tremores de terra em Minas Gerais não são incomuns, muito pelo contrário. É o estado com o maior número de abalos sísmicos registrados. Os tremores naturais, na sua grande maioria, se devem às grandes pressões geológicas que atuam na crosta terrestre”, explicou.

Novos equipamentos de monitoramento sísmico chegaram a Sete Lagoas no último dia 3. De acordo com a Prefeitura Municipal, essa tecnologia permitirá investigar com precisão as causas dos tremores registrados no município, fundamentais para a adoção de medidas preventivas e de segurança.

Como agir em abalos sísmicos?

A Defesa Civil de Sete Lagoas preparou uma cartilha que ensina como agir durante abalos sísmicos. Veja clicando aqui.

Escala Richter

A Escala Richter é um método logarítmico, criado por Charles Richter em 1935, que mede a magnitude (a energia liberada) de um terremoto através da amplitude das ondas sísmicas registadas em aparelhos chamados sismógrafos. Ela permite quantificar e comparar a força de abalos sísmicos, onde cada aumento de um grau na escala representa um aumento de dez vezes na amplitude das ondas e um aumento significativo na energia liberada.

Magnitudes de 2.0 ou menores são consideradas “Micro”, tremores que não são sentidos, mas são registados por sismógrafos. A classificação mais alta começa em 9.0, com o termo “Excepcional”, e podem devastar áreas numa vasta área, com grandes danos e destruição.

Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.