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Superfungo Candida auris: número de casos em BH sobe para quatro

Todos os casos foram registrados no Hospital João XXIII; dois desses pacientes tiveram alta em setembro e outubro, e os outros dois seguem internados

Fundação Ezequiel Dias faz os exames da Candida auris

O número de casos de contaminação com o superfungo Candida auris subiu para quatro em Belo Horizonte, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, responsável pelo acompanhamento dos casos.

Todos os casos foram registrados no Hospital João XXIII. Dois desses pacientes tiveram alta em setembro e outubro, e os outros dois seguem internados.

No total, 39 pessoas foram testadas. Quatro casos foram confirmados, onze negativados (dois ainda estão internados e o restante já teve alta) e 24 aguardam resultados dos exames. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) da Fundação Ezequiel Dias (Funed) faz as testagens.

O superfungo Candida auris é uma grande preocupação para autoridades de saúde pública. Segundo a SES-MG, ele tem “alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente próximo a ele”, ou seja, "é de fundamental importância a prevenção de contato com casos suspeitos, sendo que esses leitos são mantidos isolados”.

“O Hospital João XXIII tomou todas as medidas de controle e manejo necessárias para proteção dos demais pacientes e profissionais da unidade, como higienização das mãos, medidas de precaução de contato (uso de luvas e avental) dos casos suspeitos e testes para detecção de novos casos”, dizia a nota da pasta.

Os casos de Candida auris são monitorados em MG desde 2021, logo após a confirmação do primeiro caso. Até hoje, foram descartados 129 casos.

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O que é o superfungo Candida auris?

Candida auris é um fungo que apresenta uma “grave ameaça à saúde global” que foi identificado pela primeira vez em 2009, no Japão, de acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde.

Ele é uma ameaça à saúde pública porque tem a capacidade de resistir aos principais medicamentos antifúngicos existentes nos dias atuais. Os sintomas mais comuns dele, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, são febre e calafrios.

Para identificá-lo, são necessários métodos laboratoriais específicos, uma vez que ele pode ser facilmente confundido com outros fungos, como Candida haemulonii e Saccharomyces cerevisiae.


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Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.