‘Rolezinho’ de moto: PM alerta para riscos da prática

Tenente do BPTran explica que encontros são marcados por manobras perigosas e infrações de trânsito

Os ‘rolezinhos’ acontecem em vias públicas, sem autorização, e são marcados por manobras perigosas

Os “rolezinhos” de moto são motivo de dor de cabeça para vizinhos, pedestres e motoristas. Moradores reclamam do barulho das motocicletas e das manobras realizadas, que colocam em risco quem estiver por perto.

A tenente Juliana Campos, do Batalhão de Trânsito (BPTran) da PM, explica que os “rolezinhos do grau” são “encontros de motociclistas, sem autorização, em via pública”. Ela ressalta que essas reuniões “trazem muitos riscos, porque o pessoal realiza manobras perigosas e coloca a vida das pessoas em risco, inclusive a do próprio motociclista e do passageiro”.

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A prática fere o artigo 174 do Código Brasileiro de Trânsito, que prevê punição à “exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, sem que haja a permissão da autoridade competente”. Quem participa e quem promove os encontros também costuma infringir outras normas. “São diversas infrações. Direção perigosa, motociclista sem os equipamentos de uso obrigatório, como capacete, ousinais identificadores da motocicleta adulterados”, enumera a tenente.

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Combate aos ‘rolezinhos’ de moto

A tenente Juliana garante a efetividade da Polícia Militar: “Neste ano, até o mês de agosto, 8.119 motocicletas foram fiscalizadas, 1.372 foram autuadas e 286 foram removidas e apreendidas pela PM” em rolezinhos.

A policial conta que além de realizar rotineiramente operações de blitz e lei seca, a PM tem uma sessão de inteligência que busca identificar os eventos antes que eles aconteçam, já que costumam ser arquitetados pela internet. “Este ano, no mês de julho, nós conseguimos detectar antecipadamente todos os pontos em que estariam marcados esses ‘rolezinhos’”, afirma.

A agente do BPTran lembra que os moradores incomodados - ou que souberem da marcação de rolezinhos - podem fazer denúncia anônima à polícia pelo disque denúncia, no número 181.

*Sob supervisão de Felippe Drummond


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Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.

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