Em apenas um mês, o nível do reservatório do sistema Paraopeba, que abastece a região metropolitana de Belo Horizonte, registrou uma queda de quase 10%. Isso significa que, em julho, o reservatório tinha uma capacidade de 72% e, nesta sexta-feira (30), opera com 65%.
Para o superintendente da unidade de negócio Metropolitana da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Ronaldo Serpa, essa realidade não compromete o abastecimento de água. “A ideia de funcionamento desse tipo de reservatório é armazenar água no período de chuva e, durante o período seco, utilizá-la para abastecer a população. Então é normal e é esperado que isso ocorra”, disse.
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Belo Horizonte registrou a última precipitação no dia 18 de abril, contabilizando 133 dias consecutivos sem chuva. A estiagem é a maior da capital há seis décadas. Conforme o monitoramento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a última vez que a cidade ficou mais tempo sem precipitações foi em 1963, quando BH passou por 198 dias consecutivos sem chuva.
“Temos anos que tivemos muitas dificuldades como, por exemplo, 2015, que tivemos uma crise hídrica muito severa. O nosso volume está muito maior que essa época. O volume que temos hoje nos dá essa tranquilidade de ser suficiente para passar por todo esse período de estiagem até o início do período chuvoso”, disse.
O conjunto Paraopeba é formado por três lagoas de grande porte, sendo que operam conjuntamente. Apenas o reservatório de Vagem das Flores está com o nível mais baixo. “Está com o volume próximo de 50% — que já suficiente”, informou.
Entretanto, a Copasa ainda reforça o pedido: utilize a água conscientemente. “Essa é uma recomendação permanente. A água faz parte do meio ambiente e tem que ser preservada”, finalizou.
