Um menino de oito anos está internado em estado grave após beber um produto de limpeza com soda cáustica em uma escola em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O caso aconteceu nesta segunda-feira (12). A criança está no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.
O produto, levado por uma funcionária da unidade, estava dentro de uma embalagem de energético. Em entrevista à Itatiaia, o pai conta que ficou sabendo do ocorrido pela professora do filho.
‘Ela me ligou e falou que meu filho tinha ingerido um líquido tóxico, a soda cáustica, e a levou ele no posto de saúde ao lado da escola, sem nenhum recurso. Eu perguntei se eles iriam levar ele para a Santa Casa e ela me falou que não poderia porque não tinha ambulância e não conseguia chamar um carro por aplicativo’, disse Fernando Magalhães.
Indignado e preocupado com o menino, de apenas 8 anos, o pai correu para socorrer o filho junto ao seu patrão. Na Santa Casa de Lagoa Santa ele fez alguns exames e foi transferido ao hospital João XXIII.
‘Para mim ainda está uma situação sem respostas. Primeiro que a professora levou o líquido em uma garrafa de energético dentro de uma sala de aula com crianças e não prestou nenhum suporte ao meu filho’, afirma o pai.
Fernando também relatou que após o filho ingerir o produto de limpeza um colega contou que sentiu o cheiro do líquido tóxico.
‘Um coleguinha abriu a tampinha [do energético], cheirou e falou com ele que não era de limão. Era um desincrostante que tem 60% de solda cáustica’.
O menino de 8 anos realizou uma endoscopia na tarde desta terça-feira (13) e o pai aguarda o resultado.
Posicionamento
Em nota à Itatiaia, a Secretaria Municipal de Lagoa Santa informou que ‘uma sindicância será aberta para apurar como esse produto foi parar em sala de aula, por não se tratar de um produto de uso da unidade escolar’.
Veja a nota completa abaixo:
A Secretaria Municipal de Lagoa Santa tomou ciência da situação na tarde de segunda-feira. O aluno foi levado ao hospital acompanhado pelo pai, a diretora escolar e a professora. Uma sindicância será aberta para apurar como esse produto foi parar em sala de aula, por não se tratar de um produto de uso da unidade escolar.
A Secretaria e a Escola acompanham de perto o caso e prestam o apoio necessário nesse momento.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) também apura os fatos.
