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Denúncia de remoção irregular de ossada no cemitério da Saudade, em BH

A PBH negou e disse que segue, rigorosamente, todos os procedimentos exigidos — quando é necessária a remoção de restos mortais

Cemitério da Saudade, em BH

Famílias voltam a denunciar não encontrar as ossadas que deveriam estar enterradas no Cemitério da Saudade, na região Leste de Belo Horizonte. Outro problema seria a falta de cuidado com os restos mortais na hora de exumação. Alguns ossos foram encontrados até no lixo.

“Tem um índice alto de reclamação de famílias que não encontram as ossadas ou reclamam de sujeira no cemitério. Muitas vezes, as famílias não sabem o que aconteceu. Como estou lá, vejo como os ossos são manuseados. Vejo ossos sendo deixados para trás o na hora da exumação. Já vi a exumação de um crânio e os outros ossos sendo deixados nas quadras”, disse uma mulher, que preferiu não se identificar, à Itatiaia nesta quinta-feira (8).

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Ela chama atenção para exposição dos ossos ao sol e até o risco de furto. “O cemitério é público e entram pessoas de todos os tipos. Elas podem levar essa ousada para diversos fins, incluído, para trabalhos espirituais”, acrescentou.

Segunda a denunciante, ossos que supostamente foram transferidos de local desapareceram quando foram construídos novos nichos. A direção não deu qualquer satisfação aos parentes. Algumas ossadas estariam sendo jogadas até no lixo. “Tem ossadas jogadas na lixeira ou são descartadas inadequadamente”, acrescentou.

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O que diz a prefeitura

A Prefeitura de Belo Horizonte informa que a situação relatada na denúncia não procede. Segundo nota, a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica segue, de forma rigorosa, todos os procedimentos exigidos, quando é necessária a remoção de restos mortais nos quatro cemitérios que administra - Saudade, Paz, Bonfim e Consolação.

Ainda de acordo com a nota, os familiares são notificados previamente sobre qualquer um desses procedimentos, que respeitam os prazos previstos em legislação e que a Fundação monitora continuamente a ocupação nas necrópoles, a fim de garantir o atendimento à demanda por sepultamentos, tanto em jazigos comuns como perpétuos (de uso exclusivo da família).

Em relação à exumação em jazigo perpétuo, a nota diz que é realizada a partir do interesse do titular do jazigo em liberar espaço para novos sepultamentos, sendo que os restos mortais podem ser colocados em uma urna pequena de zinco ou até mesmo ser destinados ao ossário geral do cemitério. Isso ocorre somente a pedido do titular.


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Tem mais de 27 anos de experiência jornalística, como gestor de empresas de comunicação em Minas Gerais. Já foi editor-chefe e apresentador de alguns dos principais telejornais do Estado em emissoras como Record, Band e Alterosa, além de repórter de rede nacional. Foi editor-chefe do Jornal Metro e também trabalhou como assessor de imprensa no Senado Federal, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e no Sesc-MG. Na Itatiaia, onde está desde abril de 2023, André é repórter multimídia e apresentador.