Uma funcionária do cinema do Diamond Mall, no bairro de Lourdes, região Centro-Sul de Belo Horizonte, acusa um cliente de cuspir nela e tentar agredi-la após ela se recusar a levar a pipoca até a sala de cinema em que o cliente estava. O CPF usado na compra da pipoca é de um Procurador do Estado.
Aos policiais, a mulher relatou que o homem chegou na recepção do cinema esmurrando a bancada e gritando que ‘queria a sua pipoca’. Após entregar o pacote para o homem, ele continuou a gritar e disse que ela deveria ‘entregar o refil de pipoca na sala de cinema naquele momento’. A mulher explicou que aquele não era o procedimento da empresa e, neste momento, o homem começou a filmar a funcionária e dizer que ela era ‘obrigada a fazer o que ele mandava’.
O autor ainda teria chamado a funcionária de incompetente, cuspido na cara dela e tentado agredi-la três vezes, indo embora antes da chegada dos militares. As imagens da câmera de segurança foram repassadas à polícia, assim como o CPF do suspeito, que ficou registrado no caixa. Veja o vídeo:
Vídeo: cliente cospe em funcionária após ela se negar a levar pipoca até cinema em BH; CPF usado na compra da pipoca é de Procurador de MG
— Itatiaia (@itatiaia) July 10, 2024
🎥Imagens cedidas à Itatiaia
👇Clique e saiba mais pic.twitter.com/4cuMiBRcho
CPF de Procurador
No boletim de ocorrência, a vítima informa o CPF usado na compra da pipoca. A Itatiaia apurou que o número de identificação em questão é de Bruno Resende Rabello, servidor da Advocacia-Geral do Estado e, atualmente, procurador.
A reportagem tentou contato no telefone pessoal dele por ligação em mais de uma oportunidade, mas as ligações foram encerradas por quem estava do outro lado da linha. Também tentamos contato pelo WhatsApp, sem resposta. O espaço segue aberto à manifestação de Bruno.
A Advocacia-Geral do Estado (AGE), órgão público em que ele trabalha, afirmou que não se posiciona sobre questões pessoais de servidores, mas enviou nota afirmando que não compactua com esse tipo de ação.
Posicionamento
Em nota, a Polícia Civil de Minas confirmou que a ocorrência de vias de fato/agressão foi registrada pela Polícia Militar e informou que ninguém foi conduzido para a delegacia. O órgão esclareceu que, para o caso ser investigado, a vítima precisa ir presencialmente à Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal, no bairro Padre Eustáquio, para representar criminalmente contra o suspeito.
Já a Cinemark, que opera as salas de cinema no Diamond Mall, lamentou o ocorrido e informou que está prestando todo o apoio à colaboradora. ‘A rede também está colaborando com as investigações, cedendo as imagens de segurança e à disposição das autoridades’, conclui em nota.
A Administração do shopping informou, por meio de nota, “que o fato ocorreu dentro das dependências do Cinemark e que, assim que foi acionado, acompanhou o caso e prestou o apoio necessário.” O shopping lamentou o ocorrido e repudia qualquer caso de violência.