“O Alexandre era uma pessoa extraordinária, um ótimo profissional, uma pessoa dedicada. Um bom chefe de família, conhece a família dele toda. O Alexandre já estava conosco há mais de 10 anos.” O relato é de Antônio João, amigo e diretor da Concessionária Mila Volkswagen, onde o funcionário Alexandre dos Santos Queiroz, de 66 anos, foi morto a tiros, na última terça-feira (28).
Marcelio Lima de Barros, de 58 anos, suspeito de matar o funcionário da concessionária Mila Volkswagen, no bairro São Luiz, na região da Pampulha, em Belo Horizonte,
Em entrevista à Itatiaia, o diretor relembra sobre o amigo e como a situação foi chocante. “As imagens vão demorar a sair da cabeça, com certeza foi uma coisa muito chocante a gente presenciar isso tudo né? Ainda mais de uma pessoa que eu classifico como anormal, chegar aqui sem dar uma palavra e descarregar a arma no nosso Alexandre sem a gente saber exatamente o que ocorreu”, disse ele.
Em um post feito pela Concessionária Mila, a empresa lamenta a morte de Alexandre e fala sobre a brilhante atuação profissional no local. No post, amigos e familiares também prestam homenagens a Alexandre.
“Com muito pesar, comunicamos o falecimento do nosso colaborador Alexandre dos Santos Queiroz, vítima de disparo de arma de fogo no interior da nossa concessionária, na tarde de ontem. Fato extremamente lamentável e sem explicações, um trágico acontecimento. Alexandre, há mais de dez anos no Grupo, sempre teve uma brilhante atuação profissional e um excelente relacionamento com todos os colegas”, disse a nota.
Concessionária lamenta a morte do funcionário, Alexandre dos Santos Queiroz, de 66 anos, morto a tiros, na última terça-feira (28).
O diretor, falou também, que não há nenhum registro e nem ordem de serviço no nome de Marcelio Lima de Barros, na empresa.
“Nós não temos registro nenhum dessa pessoa aqui na empresa, porque nós procuramos aqui pelo nome dele, o CPF dele não tem um registro, nenhum, não tem nenhuma ordem de serviço aberta no nome dessa pessoa, essa figura simplesmente foi caminhando lentamente para ele sacou a arma devagar e sem falar absolutamente nada começou a atirar no Alexandre. Uma demonstração de total descontrole e um ódio, mas enxergar o nosso amigo estirado no chão, todo ensanguentado foi terrível”, finalizou Antônio João.
O crime ocorreu nessa terça-feira (28) quando o suspeito entrou no estabelecimento e atirou contra Alexandre.
Motivo fútil
Marcelio disse à polícia que a insatisfação no conserto de uma bomba de água do veículo em 2022 motivou o crime. Ele falou que havia feito um reparo no carro na concessionária, no valor de R$ 3 mil, mas o veículo voltou a dar problema. Ao voltar na concessionária para relatar o problema, ele alega ter brigado com a vítima, e disse que Alexandre o tratou de forma “grosseira”.
Ele, então, afirmou que decidiu levar o veículo em uma oficina, onde gastou mias R$ 2,5 mil. Ele conta que decidiu se vingar de Alexandre porque estava desempregado, sem dinheiro e passando por uma situação financeira delicada e, por causa da vítima, teve que gastar R$ 5,5 mil com o carro.
Em nota, o Grupo Líder, proprietário da Concessionária Mila, negou que Marcelio fosse um cliente e afirmou que desconhece “qualquer episódio que envolva acordo comercial que não tenha seguido os protocolos” (veja nota na íntegra abaixo).
“O Grupo Líder, proprietário da Concessionária Mila, se solidariza com os familiares e amigos do colaborador Alexandre Santos Queiroz, que, infelizmente, foi alvejado por disparos de arma de fogo, dentro das instalações da concessionária, enquanto trabalhava, na tarde desta terça-feira.
Cabe ressaltar que o funcionário de longa data da Concessionária, até então, sempre cumpriu com afinco as funções a ele atribuídas.
Sobre o autor dos disparos, cujo nome consta nas investigações e no boletim de ocorrência, o mesmo nunca foi cliente da Mila e desconhecemos qualquer episódio que envolva acordo comercial que não tenha seguido os protocolos e as normas da empresa que sempre prezam pela boa conduta.
Desde o primeiro momento, os funcionários da concessionária que presenciaram o fato, estão colaborando com as investigações”.
Segundo a Polícia Civil, o filho de Alexandre disse que desconhece qualquer ameaça ou problema relacionado ao pai, quem disse ser “muito trabalhador e honesto”.