A mulher que circula pelos bairros Padre Eustáquio, Caiçaras, Minas Brasil e Nova Suíça, atacando pedestres, foi conduzida, na manhã desta terça-feira (21), ao Centro de Referência em Saúde Mental (Cersam) para receber os cuidados necessários. A informação foi confirmada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
Conforme a Itatiaia mostrou nessa segunda-feira (20),
Ela foi conduzida ao local pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A administração municipal não especifica quem acionou o atendimento e em qual circunstância ocorreu. Porém a nota aponta que ela estaria em possível “surto”.
A PBH ainda esclareceu que a paciente era acompanhada pelo Cersam Noroeste, mas abandonou o tratamento. “Vale lembrar que o tratamento não é compulsório, ou seja, a PBH não pode obrigar o paciente a realizá-lo”, disse.
Grupo de moradores
Para tentar se proteger, foi criado um grupo no aplicativo de WhatsApp para informar cada passo da agressora. As vítimas fazem um apelo para que as autoridades hajam, antes que algo pior aconteça. “A gente não tem paz para sair na rua, para ir ao banco, supermercado. Quando eu estava grávida, ela falava que ia matar o meu bebê, que ia chutar a minha barriga. É realmente desesperador”, afirma uma das vítimas.
Uma outra mulher também relembra a vez que foi atacada pela agressora. “Eu fui levar minha filha na escola e, do nada, eu cheguei e ela veio para cima de mim. Eu corri dela e ela foi até uma lixeira, pegou uma garrafa de vidro, para vir atrás de mim. A polícia foi atrás dela, mas não encontrou ela mais”, contou a mulher à Itatiaia.
Além de mulheres, a mulher costuma atacar crianças. A filha de nove anos de uma moradora do Padre Eustáquio foi um dos alvos escolhidos. “Ela veio até mim e foi com a unha para beliscar o rosto da minha filha. Eu consegui bater na mão dela e empurrar ela. Minha filha correu, mas ela veio para cima dela. Ela começou a falar: ‘Eu odeio criança. Se eu pego eu mato, eu arranco um pedaço. Eu vou rasgar ela, o rosto dela’. Até pouco tempo atrás, eu andava com uma barra de ferro na rua”, conta a mãe da vítima.
O que diz a polícia
Em nota, a Polícia Civil orienta que as vítimas, além de registrar a ocorrência, procurem a delegacia mais próxima da residência e manifestem o interesse em representar, considerando que é um crime condicionado à representação.