Um acordo entre a Prefeitura de Patos de Minas e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) vai garantir uma queda nas contas de água e esgoto da população da cidade do Alto Paranaíba. As reduções devem ser de até 15%, somando cera de R$ 280 milhões em descontos até 2038, quando o contrato de prestações de serviço da empresa chega ao fim.
A expectativa é que, além dos descontos, cerca de R$ 200 milhões devem ser investidos em obras na cidade, que possui cerca de 160 mil habitantes. Segundo o atual prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão (Novo), a insatisfação com os serviços prestados pela Copasa cresceu, levando a gestão a propor a busca de uma nova prestadora de serviços.
“A Prefeitura de Patos assinou, em dezembro de 2008, um contrato com a Copasa válido por 30 anos, que autorizava imediatamente a cobrança da taxa de coleta de esgoto. Isso aumentou a conta da população na época, mesmo sem obras imediatas, e gerou uma insatisfação muito grande”, relatou à Itatiaia. “Em 2019, mais uma vez, a conta foi aumentada. Foi assinado um aditivo para cobrar a taxa de tratamento de esgoto”, completou.
Com a insatisfação da população, que questionava até mesmo se o tratamento de esgoto estava sendo realizado, a prefeitura passou a analisar situação. “Iniciamos os estudos, verificamos que o contrato realmente não estava sendo cumprido. Teve CPI na Câmara de Vereadores e, com o novo marco regulatório do saneamento básico, que permite a concorrência, modelamos uma licitação para encampar o serviço”, revelou Falcão.
Apesar da possibilidade de concorrência, a prefeitura optou por um novo contrato junto à Copasa, que assume o compromisso de atender novas condições. “Sabendo que levar adiante a licitação pode significar uma judicialização que pode ser arrastada durante muito tempo e que a Copasa está oferecendo assumir todas as condições da licitação que nós modelamos a ordem de serviço foi assinada agora nessa quinta (9)”, revelou.
Entre as condições apresentadas está a redução da tarifa da população em 15%, além da ampliação e maior eficiência da estação de tratamento de esgoto do Jardim Quebec, definida como um “grande problema” para a cidade. “Ampliar também a captação e distribuição de água, a capacidade de reservação, isso também é obra e custa muito dinheiro. Trocar a tubulação de amianto e de barro, que existe principalmente no centro da cidade”, listou o prefeito.
Outro ponto necessário para a assinatura foi a criação de um “plano B” para que a captação de água não seja feita somente no Rio Paranaíba, “Tem que ter um reservatório, super poços artesianos, enfim, a empresa está obrigada a fazer isso”, acrescentou Luís Eduardo Falcão.