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“É um caso que tem histórico de passagem do Amazonas, então tudo indica que é um caso importado. Nesse momento, a gente ainda não pode dizer que há transmissão ou circulação do vírus Oropouche no estado do Rio de Janeiro. Mas esse caso já acende um alerta porque deixa a possibilidade desse vírus entrar no estado do Rio de Janeiro e circular como circulam outras arboviroses como dengue, zica e chikungunya”, disse Mário Ségio Ribeiro, Subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do Estado.
Mário explica que apesar do vírus ser transmitido por um mosquito muito característico da Região Norte, estudos indicam que há possibilidade do doença ser transmitida por um vetor muito comum no estado do Rio.
“Há estudos que revelam que um vetor muito comum no estado do Rio de Janeiro e acho que no Brasil inteiro que é o culex, o nosso famoso pernilongo, que é um mosquito que tem abundância em todas as regiões, principalmente nas metropolitanas. É possível que esse mosquito também transmita o Oropouche para os seres humanos. O processo de espalhamento da doença é o mesmo que ocorre pelos vírus transmitido pelo Aedes Aegypti. Se for confirmado que o pernilongo também transmite, ele vai picar essa pessoa infectada, vai desenvolver o vírus dentro do seu organismo e vai transmitir o vírus pra outras pessoas e, automaticamente, fazer aquele ciclo de transmissão como acontece já hoje com a dengue.”
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o paciente segue sob investigação epidemiológica pela equipe de Vigilância em Saúde do município do Rio de Janeiro. Ainda segundo a pasta, o paciente não foi internado durante o período da doença e apresenta boa evolução do quadro clínico.
A confirmação do primeiro caso de paciente com Oropouche no Rio foi feita por meio de exame laboratorial na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O caso está sendo considerado como “importado”, sem circulação doméstica do vírus (cenário em que há transmissão entre pacientes dentro do território). A classificação foi feita após análise do histórico de viagem do paciente ao estado do Amazonas, que vive um expressivo aumento do número de casos nos primeiros meses de 2024.
“O Centro de Inteligência em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde segue acompanhando a investigação sobre o caso; como
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