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Organizadores da Stock Car em BH se pronunciam sobre corte de árvores na Pampulha

Empresas reafirmam respeito às normas locais e ressaltam legado para a cidade

Projeção do circuito de rua que receberá a Stock Car em Belo Horizonte

As empresas que organizam a etapa da Stock Car em Belo Horizonte divulgaram uma nota pública reafirmando o legado da corrida para a cidade. Eles ressaltam, também, que a região da Pampulha vai ficar 10 vezes mais arborizada com as ações de compensação.

O posicionamento desta quinta-feira (29) foi divulgado após a Justiça suspender o corte de árvores para a preparação da área que deve receber o trajeto.

A nota é assinada pela Speed Seven e pela DM Corporate, organizadoras do evento ‘BH Stock Festival’. As empresas explicam que foram realizados vários estudos de topografia, viabilidade técnica, projeção turística e impactos econômico e ambiental. A nota reforça, também, que as companhias seguiram ‘estritamente todas as determinações legais e trâmites’. O documento cita a aprovação do Comitê Municipal do Meio Ambiente (Comam) e também as licenças levantadas com diversos órgãos públicos.

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Sobre o corte de árvores no entorno do Mineirão, que foi iniciado pela Prefeitura nesta quarta (29), a BH Stock Festival afirmou que a compensação ambiental vai deixar a região da Pampulha 10 vezes mais arborizada do que é atualmente. Pouco mais de 60 árvores devem ser cortadas, enquanto 700 novas serão plantadas.

A organização cita, ainda, a compensação por conta da emissão de carbono dos carros e o projeto de barreira acústica que vai proteger os animais do Hospital Veterinário da UFMG. No fim da nota, as empresas defendem o legado financeiro e turístico que a prova vai oferecer para a capital mineira e se colocam disponíveis para novos diálogos.

‘Cabe ressaltar que a organização do BH Stock Festival está de portas abertas para ouvir a todos os setores da sociedade e, uma a uma, esclarecer quaisquer dúvidas que se fizerem necessárias neste processo de acolhimento a um dos maiores eventos esportivos do país’.

O circuito

O circuito será no entorno do Mineirão, mas não vai utilizar nenhuma área interna do estádio. A reta principal do trajeto será na Avenida Coronel Oscar Paschoal, entre o Centro Esportivo Universitário (CEU) e o Hall de entrada do Gigante da Pampulha.

Os carros partirão em direção à Avenida Abrahão Caram e continuarão em direção a avenida Rei Pelé. Pelo trecho envolve uma longa quilometragem em alta velocidade, está prevista a criação de uma chicane - um trecho em ziguezague - para diminuir a velocidade dos carros antes de uma longa curva.

Depois de contornar o Gigante da Pampulha, os carros subirão a Avenida Catalão até próximo ao trevo do bairro Ouro Preto. Ali, farão uma curva de 180 graus para retornar e voltar “na contramão” para o início do circuito, de volta a Avenida Coronel Oscar Paschoal.

Números da prova

  • R$ 70 milhões de investimento;
  • R$ 200 milhões injetados na economia da cidade;
  • Entre 17 mil e 34 mil pessoas visitando a cidade na etapa;
  • R$ 20 milhões de impostos gerados para a PBH;
  • Entre 1,5 mil e 2 mil empregos diretos;
  • Exibição da etapa de BH para 153 países;
  • 36 carros;
  • 7 Km de gradis, 3 km de blocos de concreto, 4 km de guardrail.

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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.