A jovem Layze Stephanie, sequestrada, torturada, queimada e morta na Grande BH nessa segunda-feira (19), tinha 21 anos e morava no bairro Pindorama, região Noroeste da capital. Ela era mãe de dois filhos, de 3 e 5 anos.
De acordo com a mãe, Layze começou a se envolver com drogas aos 12. Ainda segundo a mãe, ela ajudava na criação dos netos.
- Veja a atualização sobre o caso:
Jovem queimada viva na BR-040: suspeito mentiu sobre dívida de vítima com o tráfico - Segundo a Polícia Civil, o dinheiro pedido pelo suspeito em nome de Layze Stephanie era para suas próprias dívidas; jovem não tinha envolvimento com organizações criminosas
Entenda
Um homem e uma mulher foram presos, suspeitos de participação no crime, foram presos pela PM nesta segunda-feira (20). A jovem foi encontrada com o corpo em chamas por um caminhoneiro que passava por um trecho da BR-040 na cidade de Pedro Leopoldo, na Grande BH, na noite dessa segunda-feira (19). O motorista acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a polícia imediatamente.
Layze teve 90% do corpo queimado e morreu ao dar entrada no Hospital João XXIII. Além das queimaduras, a jovem foi esfaqueada. De acordo com a polícia, ela foi sequestrada e estava sendo mantida em cárcere privado desde o domingo (11) de Carnaval.
A família da Layze conta que, desde o desaparecimento, passou a receber ameaças, para quitar a dívida. Caso contrário, ela seria morta. A família tentou juntar dinheiro para pagar, mas não conseguiu todo valor .
Prisão
Militares tiveram acesso à chave PIX enviada para o pagamento da dívida. Os policiais encontraram o homem e a mulher em um carro nas imediações do bairro Jardim Leblon, região de Venda Nova, em BH. O veículo foi alugado pela suspeita, que nega participação no crime. Ela afirmou aos policiais apenas ser a dona da chave PIX repassada à família da vítima.
Já o homem preso estava com três identidades falsas. O nome usado por ele não foi encontrado no banco de dados. O suspeito afirmou ser do estado de Mato Grosso do Sul, informação também não confirmada pelas autoridades.
Namorado?
A família de Layze conheceu um dos suspeitos do crime no domingo de Carnaval, na casa onde moram, no bairro Pindorama, em BH.
A jovem apresentou o homem como seu “namorado”. Desde então, nem ela, nem o suspeito, eram vistos na região.
O que diz a Polícia Civil
Confira na íntegra a nota:
“Em relação aos fatos ocorridos na noite desta segunda-feira (19/2), na rodovia BR-040, na região de Pedro Leopoldo, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), tão logo acionada, deslocou equipe da perícia oficial ao local do crime, onde foram realizados os primeiros levantamentos e a coleta de vestígios que irão subsidiar a investigação.
A vítima, uma mulher de 21 anos, foi socorrida e encaminhada para um hospital, em BH, onde recebeu o devido atendimento médico-hospitalar, mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito. Em seguida, o corpo dela foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal Dr André Roquette para ser submetido ao exame de necropsia.
Após diligências realizadas pela Polícia Militar, na capital, uma mulher, de 34 anos, e um homem, 36 anos, foram conduzidos à delegacia e a ocorrência encontra-se em andamento. Outras informações poderão ser repassadas após a finalização dos procedimentos de polícia judiciária”.
*Colaboração de João Eduardo Santana
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