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Policial baleado em BH morreu 20 dias antes do aniversário de 30 anos

Roger Dias da Cunha foi baleado horas antes de completar 10 anos na Polícia Militar de Minas Gerais; sargento deixa esposa e filha recém-nascida

Roger deixa esposa e uma filha recém-nascida

O sargento Roger Dias da Cunha, que teve a morte cerebral confirmada neste domingo (7) após ser baleado na cabeça no bairro Novo Aarão Reis, em Belo Horizonte, completaria 30 anos de idade exatos 20 dias antes de morrer. O suspeito do crime estava foragido da ‘saidinha’ de Natal e tem longa ficha criminal.

Além de ter morrido pouco antes do aniversário, Roger foi baleado horas antes de completar 10 anos de serviço na Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). O sargento ficou quase dois dias internado no Hospital João XXIII e passou por pelo menos duas cirurgias, mas, mesmo assim, teve a morte encefálica confirmada após exames.

Pelo perfil oficial no Instagram, a Polícia Militar lamentou a morte de Roger Dias da Cunha. O Comando de Policiamento da Capital também divulgou uma nota prestando condolências à família e afirmando que Roger serviu e protegeu a sociedade até o fim: ‘a coragem e a dedicação desse policial nunca serão esquecidas.

Quem é o policial baleado em BH?

O sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha tem 29 anos, é casado e possui uma filha recém-nascida. No sábado (6), ele completou 10 anos de carreira na PMMG.

Sargento baleado

A ‘saidinha’, como é conhecida a saída temporária, ganhou relevância especial depois que um sargento da polícia militar foi baleado na sexta-feira (5). O suspeito do crime é um homem que estava em saída temporária da cadeia.

Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, é apontado como o responsável por disparar várias vezes à queima roupa contra a cabeça do sargento da Polícia Militar, Roger Dias da Cunha, na última sexta-feira, no bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de Belo Horizonte.

O Sargento Dias passou por duas cirurgias assim que foi socorrido ao Hospital João XXIII - uma para conter a pressão intracraniana e outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria.

Suspeito estava foragido da ‘saidinha’

Welbert tem 18 boletins de ocorrência registrados contra ele, por crimes como roubo, ameaça e tráfico de drogas. O Ministério Público foi contra a saída dele do sistema prisional, mas o benefício foi concedido pela juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy.

A juíza justificou sua decisão com base no atestado de conduta carcerária e disse que Welbert não havia cometido nenhuma falta grave, embora o Ministério Público tivesse apontado o episódio do furto de veículo. O MPMG recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça e não recebeu nenhum retorno.

A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) emitiu, neste domingo (7), comunicado em que disse ser “lamentável” vincular o ataque a tiros ao policial militar Roger Dias da Cunha à decisão que concedeu o benefício da saída temporária ao suspeito do crime. Segundo a entidade, o caso reflete problemas como a desigualdade social e a existência de uma sociedade “cada vez mais violenta”. Leia a nota na íntegra.

Prisão mantida

Neste domingo (7), Welbert de Souza Fagundes e outro suspeito de participação no crime, Geovanni Faria de Carvalho, de 34, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva, após a realização de audiência de custódia no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.

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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.