O fotógrafo mineiro Rogério Argolo fez fotos impressionantes da superlua azul que preencheu o céu de Belo Horizonte no início da noite dessa quarta-feira (30). O registro, que ele chamou de ‘felicidade’, foi feito do terraço do prédio onde mora o fotógrafo, tendo, como composição, uma antena e a serra ao fundo.
“No meu prédio tem um terraço e geralmente não dá boas fotos por causa dos prédios que têm em volta. Mas, na hora que eu terminei de colocar o tripé ela (a superlua azul) começou a brotar atrás dessa antena, na serra. Tive a felicidade de ontem ela ter nascido atrás da antena e ter feito a foto”, detalha Rogério que antes de ser fotógrafo era engenheiro civil, mas relata que sempre teve paixão pela fotografia.
“Sempre tive paixão pela fotografia, começou de forma amadora, como entusiasta, mas muito curioso, como eu gosto bastante sempre fui consumindo muito material sobre, até o momento em que eu fui largando a engenharia e me dedicando cada vez mais à fotografia.”
Para fotografar a lua não é tão simples quanto parece. Rogério explica que além ter um equipamento adequado é preciso planejamento para ter o efeito esperado, como, por exemplo, fotografar a lua dentro de um cenário.
“O legal é quando a gente consegue botar a lua junto com uma paisagem da cidade. É preciso estar na hora certa, no lugar certo, com o equipamento certo. Se ela nascer muito de noite o resto todo fica apagado. É melhor quando ela nasce mais durante o dia, como aconteceu nessa quarta-feira, ela nasceu às 17h31 e tinha luminosidade no céu e deu pra ver a lua e a paisagem que tava por baixo.”
Superlua azul
Pela segunda vez no mês de agosto a superlua pode ser vista nos céus do Brasil. O fenômeno aconteceu nessa quarta-feira (30) e foi a última superlua do ano. Na quarta, ela foi vista maior e mais brilhante, pois atingiu o perigeu, ponto da órbita de máxima aproximação da Terra. A Superlua dessa quarta também foi chamada de “Lua Azul” por ser a segunda lua cheia do mês – a primeira ocorreu no dia 1º de agosto.
Mas, o que de fato é a superlua azul? De acordo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional – unidade de pesquisa vinculada ao MCTI – os termos “lua azul” e “superlua” não são definições científicas.
O termo “superlua” foi criado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979. Na revista periódica americana Dell Horoscope, que não existe mais, ele escreveu que receberia o selo “super” uma lua cheia que ocorre com a lua no perigeu ou até 90% próxima desse ponto. Não está claro por que ele escolheu o corte de 90%.
Como o termo não é científico, instituições astronômicas podem divergir sobre a distância da Lua em relação à Terra que caracteriza a superlua. A astrônoma do Observatório explica que a superlua, que pode ser cheia ou nova, ocorre de uma a seis vezes por ano. No entanto, em alguns casos, a distância Terra-Lua é menor do que em outros. Isso ocorre porque a órbita da lua não é circular, mas sim elíptica.
