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Atendente de padaria acusada de matar cliente que criticou pão em Betim (MG) vira ré

Mulher, que confessou crime e se entregou à polícia, vai responder por homicídio duplamente qualificado; discussão no Facebook por conta do pão motivou assassinato

Vítima teria sido morta após afirmar que pão tinha “cocô de rato e filhote de carrapato”

A Justiça aceitou a denúncia contra a atendente de padaria que confessou ter matado uma cliente após ela reclamar da qualidade do pão comprado em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, em julho deste ano. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (16) por Aline Damasceno Pereira de Sena, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Betim.

Com isso, Patrícia Brandão Ferreira Rosa se torna oficialmente ré por homicídio duplamente qualificado (por motivo fútil; mediante traição, emboscada ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima) contra Ana Paula Amaral de Faria. A acusada pode ser condenada a até 30 anos de prisão.

Patrícia Brandão Ferreira Rosa se entregou na noite do dia 22 de julho, pouco após cometer o crime, e foi presa em flagrante. Sua prisão foi convertida em preventiva no dia 24 de julho e, desde então, ela segue detida no Presídio de Vespasiano, também na região metropolitana de Belo Horizonte.

Morta após briga por pão

As reclamações por conta da qualidade do pão francês podem ter sido o motivo do assassinato de Ana Paula Amaral de Faria, de 34 anos, morta a facadas na noite de sábado (22) em um bar em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a ocorrência, Ana Paula estava em um bar do bairro Petrovale quando a suspeita se aproximou e deu várias facadas na vítima, que chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos.

A suspeita, que confessou o crime e se entregou aos policiais, disse que matou Ana Paula por conta de uma discussão no Facebook. Ela conta que Ana Paula publicou uma denúncia nas redes sociais no início do mês, em que afirmava que comprou um pão com “carrapato e um monte de sujeira” em uma padaria do bairro Petrovale, onde a suspeita trabalha como balconista. Confira os detalhes da briga entre as duas.

Em entrevista a Itatiaia, a autora disse que se arrepende de ter cometido o crime, mas afirma que foi agredida primeiro por Ana Paula e, por isso, precisou se defender. Confira a entrevista.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.