No mês que vem as pequenas mineiras Milena e Maria, que nasceram unidas pelo abdômen, completam quatro anos de muita luta para sobreviver. Maria, que passou por 35 cirurgias, conta com todo cuidado e dedicação dos pais. A família tenta realizar um tratamento com células troncos no exterior. Para isso, conta com a ajuda de colaboradores por meio de uma vaquinha online.
Daisy Viana de Sá Prado, 30 anos, trabalhava em uma grande empresa de automóveis e havia terminado a faculdade de administração. Ela e o técnico de Informática, Guilherme de Oliveira Prado, de 30, já haviam decidido por ter filhos alguns anos depois.
Porém, o casal foi surpreendido por um problema de saúde: o diagnóstico de um tumor benigno no ovário direito. “Esse tumor teve que ser retirado às pressas”, contou Daisy. Em um procedimento de emergência, ela tirou o ovário direito e a trompa.
“Nessa cirurgia o médico viu que o outro ovário também estava danificado. Conversamos com ele, pois gostaríamos de ter filhos e ele deixou o ovário”, lembrou. Depois disso, sob recomendação médica, o casal passou a tentar ter filhos.
Aos 24 anos, Daisy engravidou. “A gente ficou muito feliz porque os médicos disseram que eu não podia ter. Essa era a realização de um sonho”, afirmou.
No primeiro ultrassom, os profissionais de saúde identificaram um bebê. “Quando a gente realizou o segundo exames ficamos sabendo que se tratava de uma gravidez de risco. Confiei em Deus que daria tudo certo”, acrescentou.
Daisy deu à luz as irmãs siamesas Maria e Milena com 29 semanas no dia 8 de setembro de 2019. Elas foram diretamente para o Centro de Terapia Intensiva (CTI). Depois de três dias, fizeram o procedimento de separação. Maria foi diagnosticada com paralisia cerebral, hidrocefalia e falha no coração.
“Já Maria morou um ano no hospital nesse 1 ano. Já a Milena ficou dois meses com muitas dificuldades de oxigênio, de intubação, de hemorragia”, contou.
Após dezenas de cirurgias, Maria está em casa. O quadro de saúde é delicado. “Ela tem altos e baixos. Tem dias que ela está muito bem. Isso acontece quando a gente consegue fornecer tudo para ela como todas as terapias”, contou.
Desde então, a família luta para a filha receber todos os tratamentos. Mas, os custos são altos. Por isso, a família está realizando uma rifa para levantar recursos para manter a pequena Maria em casa com o tratamento necessário.
Para a recuperação de sua função cerebral, os médicos recomendaram o uso de células troncos. Para isso, a família está arrecadando dinheiro para levar a filha para fazer um tratamento com células troncos no Paraguai.
“O nosso sonho é fazer o tratamento com as células. O valor muito alto”, contou. O Sistema Único de Saúde (SUS) não oferece esse tratamento. Atualmente, só é realizado no exterior.
“Então a gente está tentando arrecadar o valor para levar ela para lá”, contou. O orçamento, realizado no ano passado, indica ser necessário US$ 94.450 que inclui 15 diárias, alimentação completa, medicamentos necessários.
Quem quiser ajudar, pode entrar em contato pela página do instagram ‘As gêmeas Maria Cristina e Milena.’